Vídeo: detento LGBTQIA+ clama por ajuda após afirmar sofrer tortura no Presídio de Americano

No vídeo, o detento acusa agentes do Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) de tortura contra os presos LBGTQIA+ no Presídio de Americano

Preso no chão de um hospital
Foto: Reprodução

Um suposto vídeo que circula pelas redes sociais mostrando um detento em situação de privação de liberdade, em atendimento médico após, supostamente, por ter sofrido sofrido tortura dentro de uma unidade prisional.

Jogado no chão, o detento clama por ajuda das autoridades para respostas contra a violência e violações graves de Direitos Humanos na ala especial para a população LGBTQIA+ no Presídio de Americano, em Santa Izabel do Pará, Região Metropolitana de Belém.

Veja o vídeo:

“A gente não tá mais aguentando. Alguém, por favor, faça alguma coisa, tenho certeza que tem pessoas aqui que tem familiares presos e que não querem passar por isso. Eu lhe peço pelo amor de Deus, ajude a gente. Nós estamos sendo torturados dentro da cadeia de Americano (presídio)”, disse jogado no chão enquanto aguardava atendimento médico.  

Violação de Direitos Humanos

No vídeo, o detento fala em chineladas, porradas e bombas por parte dos agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

“Dão um monte de chinelada na cara da gente, tocaram bomba, bateram e espancaram várias pessoas, me espancaram, tacaram gás na gente por uma situação que a gente nem sabia. Por situações ocorridas em outras celas, todo mundo está sofrendo represálias, isso não é justo, isso não é justo. Eu não aguento mais ser torturado, eu tô pagando pelo meu crime que eu fiz lá fora, que eu reconheço, e agora estou pagando, mas não para está apanhando e sendo torturado”, gritou.

Em contato com um agente da Seap, que preferiu não ser identificado, esse tipo de acontecimento é comum, pois os detentos buscam “repercussão para ter algum benefício ou regalias, diferente dos demais”.

“Eles buscam a repercussão para que venham a ter algum benefício ou regalias diferentes dos demais. Todos seus direitos são devidamente respeitados no cárcere. Pois há uma fiscalização ferrenha por parte da vara de execução penal e pelo Ministério Público que estão constantemente fazendo visitas aleatórias nas unidades”, explicou.

Posicionamento

Por meio de nota, a Seap se pronunciou sobre o acontecido, informando que o interno estaria tendo um surto psicótico e atentado contra a própria vida. Além disso, a secretaria afirmou que as unidades prisionais estaduais respeitam a Constituição Federal quanto à dignidade da pessoa presa.

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) esclarece que a pessoa privada de liberdade em questão estava em surto psicótico e atentou contra a própria vida, conforme laudo médico. Após o atendimento inicial, a pessoa foi encaminhada ao hospital. A Seap destaca que todas as unidades estaduais respeitam as determinações da Constituição Federal de proteção à dignidade da pessoa presa, sendo acompanhada pelos órgãos fiscalizadores. A Corregedoria institucional acompanha o caso.”

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