Na manhã desta quinta-feira (30), o líder indígena Dadá Borari comentou sobre a vistoria que será realizada pela Polícia Federal na sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) nesta sexta-feira (31). A inspeção foi determinada pela Justiça Federal após a suspensão da ordem de reintegração de posse do prédio, concedida pela juíza Maria Carolina Valente do Carmo em resposta a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
A decisão prevê uma inspeção judicial no local, seguida de uma audiência com as lideranças indígenas, às 9h, no auditório da Seduc. O objetivo é verificar a situação da ocupação e avaliar se o funcionamento da secretaria está sendo comprometido.
Na manhã desta quinta-feira (30), o líder indígena Dadá Borari comentou sobre a vistoria que será realizada pela Polícia Federal na sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) nesta sexta-feira (31). pic.twitter.com/WR43bGj4MH
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) January 30, 2025
Em comunicado, Dadá Borari destacou que a vistoria servirá para esclarecer alegações de depredação do prédio e reforçou que a ocupação não impede o funcionamento da Seduc.
“Recebemos um mandado de intimação da Polícia Federal informando que amanhã haverá uma visita ao local para verificar o que foi depredado, porque a mídia está dizendo que fizemos um quebra-quebra na Seduc. Primeiro, a juíza e sua equipe vão inspecionar todo o prédio. Depois, haverá uma audiência com ela.”
O líder indígena também rebateu críticas sobre a ocupação prejudicar o trabalho dos funcionários da secretaria.
“Queremos deixar claro que não há nada proibido aqui. Os corredores estão sempre livres, mesmo com os barracos, e o acesso aos escritórios e salas está garantido. Os funcionários que dizem não vir por medo, na verdade, não têm motivo para isso. O problema não é medo, é preguiça de não trabalhar, porque ninguém está impedido de exercer suas funções aqui dentro.”
A ocupação da Seduc já dura mais de 17 dias e tem como principal reivindicação a revogação da Lei 10.820/2024, que altera o Sistema Modular de Ensino (Some), impactando a educação indígena no estado. Os manifestantes também exigem a exoneração do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.
Leia também:
Deixe um comentário