A mais nova integrante do União Brasil é a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal. Essa é a sétima filiação da jornalista que ingressou na política em 2014, quando filiada ao PPS se candidatou a uma vaga de deputada estadual, mas não obteve êxito.
Derrotada, Ursula deixou o PPS para tornar-se a líder da REDE no Pará, partido pelo qual disputou a prefeitura de Belém em 2016, quando ficou em 4° lugar.
Quatro meses depois, sem êxito nas urnas, Ursula deixou a REDE (em fevereiro de 2018) e filiou-se ao PSOL. Com o discurso do partido do Socialismo e Liberdade na ponta da língua, abriu mão de se candidatar e disputar o governo contra Helder Barbalho, mas ganhou um emprego como radialista na Rádio Clube, onde passou a apresentar um programa e se contentou a concorrer à uma das duas vagas ao senado, mas ficou em 6° lugar.
Logo após as eleições, em dezembro do mesmo ano, depois de 10 meses de filiada e com forte ligação ideológica com o PSOL, deixou o partido para receber a promessa feita por Helder Barbalho de assumir a Secretaria de Cultura do Estado, em janeiro de 2019, cargo em que está até hoje.
Em Abril 2020, Ursula deixou o PSOL e se filiou no PODEMOS, o partido que mais aderiu aos projetos do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados em 2019. No Pará, o PODEMOS era tido como um partido satélite do MDB.
No novo partido, a secretária perdeu o prazo para se licenciar da SECULT e assim poder disputar as eleições municipais de 2020, quando pretendia concorrer, pela 2ª vez, à prefeitura de Belém.
Com menos de um ano filiada no PODEMOS, Ursula anunciou seu retorno para a REDE, partido onde disputaria a vaga de deputada federal em 2022, mas foi barrada pela federação formada pelo PSOL, pois o partido tinha como prioridade a candidatura de Marinor Brito. Insatisfeita e sem alternativas dentro do PSOL, Ursula Vidal se filia ao MDB.
A sétima filiação e a quinta disputa eleitoral de Ursula Vidal
Dois anos depois de filiada ao MDB, Ursula assinou sua sétima ficha de filiação ao União Brasil, partido que no Pará é dirigido pelo ministro do Turismo, Celso Sabino. Segundo informações colhidas por dirigentes partidários, a filiação de Ursula foi pactuada com o intuito dela ser apresentada como pré-candidata à vice na chapa de Igor Normando, pré-candidato a prefeito pelo MDB.
A pré-candidatura de Igor é considerada um duro golpe na confiança e apoio dedicado pelos partidos de esquerda, como PT, PSOL, PCdoB, PV e Rede, que juntos ajudaram a eleger e reeleger o governador Helder Barbalho (MDB) e agora sofrem ataques dos meios de comunicação e da base aliada do governante que acostumou-se a ser chamado de “rei do norte”.
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