Trabalhadores da Ciclus protestam por segurança após episódios de violência

Os trabalhadores exigem medidas concretas para reforçar a segurança no local, temendo novos ataques.

Na manhã desta segunda-feira (03), trabalhadores da empresa Ciclus realizaram um protesto em frente à sede da companhia, fechando suas portas e cobrando mais segurança. A manifestação ocorre após dois episódios de violência registrados no local.

No último dia 25, um grupo de 22 funcionários da Ciclus foi feito refém e agredido dentro do aterro. As vítimas foram libertadas após terem seus pertences roubados, e um dos trabalhadores precisou de atendimento hospitalar, recebendo alta no dia seguinte.

Já no dia 26, uma nova invasão ao aterro resultou em atos de depredação nas instalações administrativas da empresa. Diante da situação, os serviços de coleta de entulho foram temporariamente suspensos, sendo retomados apenas no dia 28.

Os trabalhadores exigem medidas concretas para reforçar a segurança no local, temendo novos ataques. Até o momento, a empresa Ciclus não se pronunciou oficialmente sobre o protesto.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que disponibilizou apoio policial em tempo integral desde a semana passada, o que possibilitou a retomada dos trabalhos e acesso de funcionários da empresa na área do aterro sanitário e que não há registros de novas ameaças no local e também não há registro de tal ocorrência em outros pontos.

A Segup disse ainda que a Polícia Militar fixou um Ponto Base Estratégico no local por 24h para equipes ordinárias de expediente, além das equipes especializadas por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) que estão realizando diligências constantes na área e que demais empresas concessionárias de coleta de lixo seguem com as atividades normais no aterro sanitário.

A Ciclus se posicionou por meio de nota sobre o ocorrido. Confira:

A Ciclus Amazônia reitera que a saúde e segurança de seus colaboradores são compromissos inegociáveis. Com essa diretriz, na manhã desta segunda-feira (03), a empresa reuniu-se com representantes do Sintrobel e com o coronel responsável pela operação de segurança na área do Aterro do Aurá para compartilhar as medidas voltadas à garantia da proteção e segurança dos trabalhadores, o que inclui entre outras medidas: suporte médico e psicológico permanente, restituição dos aparelhos celulares dos que tiveram seus pertences roubados no incidente da última semana; apoio da SEGUP (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social), Polícia Civil, Polícia Militar e a Guarda Municipal. A empresa agradece ao apoio e esforço dos órgãos de segurança pela atuação incansável, com policiamento 24 horas no Aterro do Aurá, seja com escolta dos caminhões da Ciclus até o ponto de destinação dos resíduos, seja com rondas constantes nas rotas próximas ao aterro. Como resultados de todas as medidas e do compromisso com toda a população por uma Belém mais limpa, a Ciclus Amazônia anuncia a realização de uma força tarefa para normalização de todos os serviços de resíduos inertes, em continuidade da coleta de forma segura e eficiente. A empresa seguirá adotando todas as medidas necessárias para assegurar a manutenção da sua operação e preservar a segurança de todos os envolvidos

Leia também: