TJPA emite mandado de prisão para o delegado Arthur Nobre; saiba o motivo

A equipe jurídica do delegado já teria entrado com um pedido de Habeas-corpus, pedindo a suspensão da prisão

Créditos: divulgação

Na tarde desta sexta-feira (18), o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), através da 1° Vara de Inquéritos Policiais de Belém, emitiu um mandado de prisão preventiva ao delegado Arthur Nobre.

De acordo com o processo, o delegado estaria diretamente ligado aos crimes atribuídos a Diego Kós Miranda, acusado de estelionato, associação criminosa e falsificação de documento público.

A equipe jurídica do delegado já teria entrado com um pedido de Habeas-corpus, pedindo a suspensão da prisão e aguarda resposta.

Até o momento, tanto o delegado quanto Kós Miranda estão foragidos, e a polícia trabalha para encontrá-los.

Relembre o caso

Diego Kós Miranda é um ex-cartorário acusado de envolvimento em um esquema fraudulento que resultou em prejuízos a instituições financeiras. Juntamente com outros suspeitos, ele é investigado por crimes como estelionato, associação criminosa e falsificação de documentos. O caso ganhou notoriedade após a denúncia do Red Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Real LP, que alegou ter sido vítima de um golpe de R$ 10 milhões, onde foram utilizados documentos falsificados para garantir empréstimos bancários com imóveis que não pertenciam à empresa envolvida.

O esquema operava através da criação de uma empresa de construção civil, a Atitude Construções e Incorporações LTDA. Os acusados apresentavam certidões vintenárias falsas para obter financiamento, enganando os bancos ao oferecer imóveis inexistentes como garantia. Quando as parcelas começaram a vencer sem pagamento, as instituições financeiras descobriram que os bens oferecidos não pertenciam à empresa.

Além de Kós Miranda, outras pessoas estão envolvidas no esquema de fraude. Giseanny Valéria Nascimento da Costa atuava como gerente financeira da quadrilha, responsável pela administração do dia a dia e por transações financeiras. Marcus Vinícius Silva Almeida era um dos principais colaboradores, recebendo a maior parte dos valores desviados e prestando assessoramento às instituições financeiras.

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