Um acordo judicial firmado entre a Prefeitura de Belém, sob a gestão de Edmilson Rodrigues (PSOL), e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) deve ter um impacto direto no bolso dos usuários do transporte público da capital paraense. O acordo faz parte de um projeto mais amplo que busca reestruturar o sistema de transporte público coletivo da cidade, envolvendo a renovação da frota de ônibus e melhorias nos serviços oferecidos.
No documento, o Governo do Pará compromete-se a conceder isenção total de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) para as operações de transporte, enquanto os empresários de ônibus assumem a responsabilidade pela compra de novos veículos. A expectativa é que essa renovação da frota traga melhorias significativas para o sistema, como maior conforto e segurança para os passageiros.
Contudo, o ponto que mais tem gerado preocupação entre os usuários é a cláusula que prevê a revisão da tarifa do transporte público logo após o início da operação dos novos ônibus. Embora o termo “revisão” possa sugerir uma análise geral das condições tarifárias, há o receio de que essa medida resulte em um aumento no valor das passagens.
Para muitos moradores de Belém, que dependem do transporte público diariamente, um aumento no preço das passagens pode ter um impacto significativo nas despesas mensais. A possibilidade de reajuste já começa a gerar apreensão entre os usuários, especialmente em um cenário de crise econômica e alta nos custos de vida.
O acordo, que envolve governo, prefeitura e empresários, é visto como um esforço para modernizar o sistema de transporte coletivo, mas a preocupação com a acessibilidade e o custo do serviço permanece entre a população. Caso a tarifa seja, de fato, aumentada, o desafio será conciliar a melhoria da qualidade do serviço com a manutenção de um preço acessível para os usuários.
Leia também:
