O Pará destinou R$ 9,5 bilhões para a Educação e R$ 6,01 bilhões para a Saúde em 2024, consolidando essas áreas como o de maior gasto no orçamento estadual, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira (20).
A despesa com Educação representou 19% do orçamento total , enquanto a Saúde ficou com 12% . Em seguida, aparecem os gastos com Previdência Social ( R$ 5,67 bilhões, 12% ) e Segurança Pública ( R$ 5,33 bilhões, 11% ). O setor de Transportes consumiu R$ 2,96 bilhões, equivalente a 6% do orçamento.
Os dados fazem parte do Relatório Resumido de Execução Orçamentária, que traz um panorama das finanças dos estados e do Distrito Federal no sexto bimestre de 2024.
Pará se destaca no pagamento de dívidas pendentes
Além dos investimentos em áreas essenciais, o Pará também se destacou na liquidação de Restos a Pagar (RAP), que mede o pagamento de despesas de anos anteriores. O estado quitou 84% desses subsídios em 2024, um dos maiores percentuais do país.
Os melhores desempenhos foram registrados por Mato Grosso do Sul (87%), seguidos de Amazonas e Pará, ambos com 84% . Esse índice indica maior capacidade financeira para honrar compromissos antigos , garantindo mais estabilidade nas contas públicas.
Por outro lado, os estados com os menores percentuais de quitação da RAP foram Amapá (32%), Minas Gerais (49%) e Acre (50%) , apontando dificuldades para pagar despesas herdadas de anos anteriores.
Cenário nacional
O levantamento também apontou que Distrito Federal (DF) e Sergipe registraram os maiores aumentos nas despesas correntes , com altas de 20% e 18% , respectivamente, em relação a 2023. Já Rio Grande do Sul e Alagoas tiveram os menores crescimentos, com 4% e 6% .
No quesito receitas , Maranhão (26%) e Sergipe (20%) lideraram o crescimento no período analisado. Todos os estados registraram aumento nas receitas correntes em comparação com o ano anterior, sendo os melhores avanços observados em Mato Grosso do Sul (3%), Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte (5%) .
Outro dado relevante foi o desempenho da poupança corrente – diferença entre receitas e despesas correntes. Espírito Santo (27,3%), Amapá (24,8%) e Maranhão (22,2%) obtiveram os melhores resultados, enquanto Rio Grande do Norte (5,5%), Rio de Janeiro (6%) e Distrito Federal (6,3%) tiveram os piores desempenhos.
O relatório também revelou que os estados que mais investiram em educação , proporcionalmente ao orçamento, foram Acre e Paraná (23%) e Paraíba (22%) , enquanto os menores percentuais foram registrados no Rio de Janeiro (10%) e Espírito Santo (13%) .
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