Na madrugada desta segunda-feira (16), motoristas e cobradores da empresa de ônibus Monte Cristo entraram em greve em Belém, provocando transtornos para milhares de usuários. Desde as 3h, os trabalhadores se reuniram em frente à garagem da empresa, localizada no bairro da Pedreira, para reivindicar o pagamento de salários atrasados e outros benefícios que estão pendentes.
A tentativa de negociação por parte da direção da empresa não foi suficiente para conter a mobilização. A proposta apresentada pelos empregadores foi rejeitada pelos funcionários, que decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. Até o momento, não há previsão para a retomada dos serviços.
“Estamos reivindicando os salários atrasados, o vale-alimentação, as férias, e outros direitos. Está tudo atrasado, inclusive o pagamento dos mecânicos. A situação está difícil. A empresa está ganhando dinheiro, a gente trabalha todos os dias e traz esse dinheiro para a empresa, mas o dono não nos paga corretamente. Trabalhamos o mês inteiro e, na hora de receber, o pagamento vem parcelado. É assim que está funcionando. Agora, vamos ver o que vai acontecer. Fizeram uma reunião lá na sede da empresa para apresentar uma nova proposta. Vamos aguardar o resultado e ver se aceitamos ou não. Faremos uma votação aqui”, disse um rodoviário que está na paralisação.
Cerca de 25 mil pessoas foram afetadas pela suspensão das atividades, já que a Monte Cristo opera com 60 veículos e conta com um quadro de 400 trabalhadores. As linhas que atendem bairros e localidades como Marituba, Pedreira, Sacramenta, Nazaré e São Brás estão temporariamente fora de operação, prejudicando o deslocamento de muitos moradores.
Entre as rotas afetadas estão: Marituba Direcional, Marituba Cerâmica, Pedreira Lomas (linhas A e B), Pedreira-Nazaré, Sacramenta-Humaitá, CDP-Providência, Marex-Arsenal e Sacramenta-São Brás. Moradores dessas áreas enfrentam dificuldades para acessar o transporte público e aguardam uma solução para o impasse entre os funcionários e a empresa.
Vale ressaltar que as greves são frequentes por parte dos funcionários da empresa rodoviária, uma das mais tradicionais de Belém e que estaria passando por grande crise.
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