Saiba quem é o coronel da PM preso por suspeita de compra de votos após saque de quase R$ 5 milhões

De acordo com portais de transparência, o coronel é próximo do deputado federal Antônio Doido desde a época em que Doido foi prefeito de São Miguel do Guamá. Nos últimos anos, Galhardo realizou doações às campanhas do deputado, somando R$ 46 mil em contribuições.

O coronel da Polícia Militar do Pará, Francisco de Assis Galhardo do Vale, foi preso pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (4) durante uma operação que apreendeu R$ 5 milhões em espécie no município de Castanhal. O coronel Galhardo, homem de confiança do deputado federal Antônio Doido (MDB), que concorreu à Prefeitura de Ananindeua com apoio do governador Helder Barbalho (MDB), foi detido ao sair de uma agência bancária com parte do montante, cerca de R$ 300 mil.

Galhardo, lotado na Casa Militar da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), onde é comandado pelo deputado estadual Chicão (MDB), foi preso em flagrante com o dinheiro. Junto com ele, um soldado da PM, identificado como Elis Martins, foi encontrado com o restante do valor, R$ 4,6 milhões. A PF suspeita que o dinheiro seria utilizado para a compra de votos nas eleições deste ano, embora o destino exato do valor ainda esteja sob investigação.

Além do cargo na Polícia Militar, Galhardo também recebe uma remuneração de R$ 25.713,48 mensais do governo do Pará, composta por salário e gratificações, e mais R$ 9.720,92 da Alepa. De acordo com portais de transparência, o coronel é próximo do deputado federal Antônio Doido desde a época em que Doido foi prefeito de São Miguel do Guamá. Nos últimos anos, Galhardo realizou doações às campanhas do deputado, somando R$ 46 mil.

A operação da PF levantou suspeitas sobre o uso dos R$ 5 milhões para a compra de votos, mas as investigações ainda estão em andamento para confirmar a origem e o propósito do montante. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as doações feitas por Galhardo incluíram R$ 23.700 em 2022, R$ 20.000 em 2020, e R$ 2.786,33 em 2018. O caso segue sob apuração pela Justiça Eleitoral e a Polícia Federal.

O caso ganhou repercussão nacional como a maior apreensão de dinheiro nestas eleições municipais.

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