Risco de colapso no abastecimento preocupa comerciantes do Marajó

Protestos de caminhoneiros e vanzeiros bloqueiam embarques e ameaçam suprimentos na região

Os protestos de caminhoneiros em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Ararí, no Marajó, chegaram ao terceiro dia nesta terça-feira (18), com a adesão de vanzeiros e comunidades quilombolas. A mobilização cresceu e agora inclui bloqueios para o desembarque de caminhões que tentam chegar à região pelo Porto da Foz do Rio Camará, impactando diretamente o abastecimento local.

A presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros, Shirley Pedrosa, reforçou, em áudio divulgado nas redes sociais, que os protestos continuarão e pediu que comerciantes evitem realizar novos pedidos, pois as entregas não serão permitidas. O movimento conta com o apoio de caminhoneiros de Belém, Capanema e Santa Izabel, ampliando a mobilização. Além disso, a adesão dos vanzeiros pode afetar o funcionamento das lanchas, agravando ainda mais a situação do transporte e fornecimento de produtos essenciais.

A paralisação já impacta a oferta de hortifruti e combustíveis. “Aproveitem o que ainda tem nas fruteiras, pois é isso que vamos ter para esta semana, se o governo não recuar”, alertou um caminhoneiro identificado como Cachorrão. Segundo ele, também há risco de desabastecimento de combustível, pois os caminhões de inflamáveis não estão se deslocando para a região.

Enquanto a polícia militar monitora a situação no Porto da Foz do Rio Camará, uma reunião virtual entre promotores de justiça de Salvaterra, Soure e Cachoeira do Ararí foi confirmada para esta terça-feira. O encontro visa discutir medidas legais e possíveis encaminhamentos para o impasse. Algumas lideranças podem ser chamadas a participar do debate.

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