Professora Zélia Amador anuncia aposentadoria da UFPA

Zélia é uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UFPA.

A professora Zélia Amador de Deus, de 74 anos, anunciou sua aposentadoria da Universidade Federal do Pará (UFPA), encerrando uma brilhante carreira como docente e pesquisadora. Reconhecida por sua atuação em prol do movimento negro, Zélia é uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UFPA. Em homenagem ao seu legado, a universidade promoverá um evento especial em reconhecimento às suas contribuições.

Apesar de se afastar da vida acadêmica, Zélia continuará ativa em movimentos sociais, participando de discussões sobre racismo, igualdade de gênero e direitos humanos no Brasil. Seu último dia de trabalho na UFPA foi nesta segunda-feira (30), marcando o fim de uma trajetória que deixou um impacto significativo tanto na universidade quanto na sociedade.

Zélia, que atuava no Instituto de Ciências da Arte da UFPA, recebeu o título de professora emérita em 2019, uma das maiores honrarias concedidas pela instituição a docentes que se destacam por suas contribuições. Além de seu papel como professora, sua luta pela valorização das culturas afro-brasileiras e sua defesa dos direitos humanos e das políticas de ações afirmativas fizeram dela uma referência no Brasil.

Sua formação acadêmica é extensa e diversificada. Zélia concluiu a Licenciatura Plena em Língua Portuguesa pela UFPA em 1974, o Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2001, e o Doutorado em Ciências Sociais pela UFPA em 2008. Ao longo de sua carreira, ela se dedicou à inclusão de pessoas negras e indígenas no ensino superior, consolidando-se como uma figura central na defesa da igualdade racial e de gênero.

O impacto de Zélia Amador se estende muito além da sala de aula, influenciando diretamente o debate sobre as questões sociais e culturais no Brasil. Mesmo com a aposentadoria, sua voz continuará sendo uma peça chave nas lutas por justiça social e pelo reconhecimento das minorias.

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