Prefeitos eleitos em Óbidos e Cachoeira do Arari têm registros cassados e eleições sub judice

Ambos tiveram seus registros de candidatura cassados por irregularidades em gestões anteriores, envolvendo rejeição de contas por órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Dois candidatos homônimos do MDB, Jaime Barbosa, de Óbidos, no oeste paraense, e Jaime Barbosa, de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, enfrentam incertezas após serem eleitos prefeitos no último domingo (6). Ambos tiveram seus registros de candidatura cassados por irregularidades em gestões anteriores, envolvendo rejeição de contas por órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com isso, estão inelegíveis por oito anos, mas ainda recorrem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar da cassação, ambos decidiram disputar o pleito e foram eleitos com margens expressivas. Em Óbidos, Jaime Barbosa da Silva conquistou 19.452 votos, o que lhe garantiu 60,95% dos votos válidos. Já em Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa recebeu 9.533 votos, correspondendo a 61,2% do total apurado. No entanto, o resultado das eleições nos dois municípios permanece sub judice, enquanto aguardam a decisão final do TSE.

Nos bastidores políticos, há um clima de pessimismo em relação às chances de ambos conseguirem reverter suas situações. Fontes afirmam que, caso os recursos sejam negados, o cenário mais provável será a convocação de novas eleições em Óbidos e Cachoeira do Arari já em 2025. A incerteza jurídica deixa as administrações municipais em um impasse, com possíveis consequências para a continuidade de políticas públicas e a gestão local.

A expectativa agora gira em torno da decisão do TSE, que pode definir o futuro político dos dois municípios, enquanto as cassações de registros de candidaturas seguem gerando debates sobre a integridade das eleições e o combate à corrupção no Pará.

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