A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, (18), a operação VAR, desarticulando uma organização criminosa especializada em furtos de cargas e encomendas. Os crimes eram cometidos contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que apoiou a ação por meio dos Setores de Segurança e Inteligência Coorporativa no Pará e em Brasília.
Em um vídeo exclusivo do EPOL, os policiais aparecem fazendo uma “batida” em uma loja de aparelhos eletrônicos situada na Avenida Dom Vicente Zico, antiga Arterial 18, na Cidade Nova 6, em Ananindeua.
Na operação são cumpridos 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão nos municípios paraenses de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão.
Os prejuízos aos cofres públicos, pagos a título de indenizações, desde 2019, superam R$ 35 milhões.
Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que receptavam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores, que se encontravam em conta dos investigados, com origem delitos praticados.
Dentre os alvos de prisão, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, em Linhas de Transporte Nacional com rotas entre São Paulo e Belém e São Paulo e Marabá.
Com o tempo, os investigados se aperfeiçoaram em burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, para esconder sua participação nos crimes.
As ações de furto visavam, principalmente, eletrônicos de maior valor agregado, como celulares, notebooks, tablets e TVs.
As investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição destes itens, razão pela qual também foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, além de procedida a suspensão das atividades comerciais destes estabelecimentos e efetuada a prisão preventiva de seus proprietários. Um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas pelos correios e hoje teve duas de suas lojas, com suspeita de serem usadas também em receptação, fechadas pela PF.
O nome da operação, VAR (Video Assistant Referee, o árbitro de vídeo), surgiu a partir do vocabulário usado pelos envolvidos no esquema de furto, que costumavam se referir ao crime usando termos do futebol.
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