Partida de Águia e Caeté é marcada por crime de racismo

Torcedor do Águia de Marabá foi preso por racismo cometido contra o atacante Fidelis durante o jogo deste sábado (9), válido pelas quartas de final do Campeonato Paraense.

fidelis
Reprodução / Redes Sociais

Neste sábado (9), na primeira partida das quartas de final do Campeonato Paraense 2024, o Águia de Marabá garantiu uma vitória de 2 a 0 sobre o Caeté, porém, o jogo foi marcado por um triste episódio de racismo. 

Aos 39 minutos do primeiro tempo, quando o placar estava empatado em 0 a 0, o atacante Fidelis, do Caeté, foi alvo de injúria racial proferida por um torcedor identificado como Charles Martins dos Santos Pereira, membro de uma torcida organizada do Águia. Este não é o primeiro caso na região, pois no ano passado, o atacante Jean Silva, do Clube do Remo, também foi vítima de racismo no primeiro jogo da final do Campeonato Paraense, contra o Azulão, em Marabá.

O caso ocorreu enquanto Fidelis realizava o aquecimento à beira do gramado do estádio Zinho Oliveira. Após o término da partida, Fidelis dirigiu-se à delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência. O torcedor foi preso em flagrante por injúria racial, um crime equiparado a hediondo e inafiançável pela autoridade policial.

Devido à tensão causada pelo crime, o ônibus com os atletas e a diretoria do Caeté precisou deixar o estádio escoltado pela Polícia Militar.

O episódio ressalta a urgência de medidas concretas e efetivas para combater o racismo dentro e fora de campo e destaca a importância do respeito. A Federação Paraense de Futebol ainda não se manifestou sobre o caso.

Nota caeté

Nota Águia de Marabá:

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