Paraense que ganhou na Lotofácil é alvo de golpistas e sofre prejuízo milionário

Após sofrer o golpe, o vencedor do prêmio em dinheiro foi perseguido e sofreu ameças de morte junto com seus familiares. Já os criminosos, abriram empresas em Redenção e Parauapebas para fins de lavagem de dinheiro.

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil no final de novembro de 2024 nos municípios de Redenção, Conceição do Araguaia e Parauapebas, trouxe à tona o prejuízo milionário sofrido por um paraense. Entenda o caso:

Engano e perseguição

Após ter a notícia de ser contemplado com o prêmio, a vítima foi abordada pelo filho de um conhecido que tomou conhecimento do valor e estabeleceu comunicação com um grupo criminoso, onde um deles seria responsável por uma empresa de investimentos financeiros.

Ao todo, o esquema envolveu, pelo menos, cinco pessoas, que enganaram o homem com a ideia de um falso imposto a ser pago sobre o valor do prêmio, além de falsos investimentos feitos que nunca tiveram comprovação.

Pouco tempo após as primeiras transferências, o homem descobriu o golpe de quase R$ 3 milhões, mas ao tentar entrar em contato com os criminosos, começou a sofrer ameaças de vida junto com seus familiares.

A vítima afirma que após ter contato com a polícia para denunciar o caso, busca na justiça o ressarcimento de todo o valor perdido no golpe.

Após o crime, os investigados abriram duas empresas de trading, a FinancialHub em Parauapebas e a 18 Trading em Redenção. Os empreendimentos foram criados para lavar o dinheiro obtido com o golpe.

Operação Solerte

No dia 29 de novembro de 2024, a Polícia Civil com apoio de equipes de Marabá, Redenção, Conceição do Araguaia e Parauapebas deram início à operação que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em empresas de investimento e escritórios de contabilidade da região pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, assim como
por crimes contra o Estado e contra pessoas físicas.

Na operação foram apreendidos mais de R$ 8 mil em espécie, além de armas de fogo, relógios de luxo, uma motocicleta, assim como computadores e aparelhos telefônicos. Segundo a PC, o inquérito segue em andamento.

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