Pará tem oito cidades com os piores índices qualidade de vida no Brasil

O relatório do Índice de Progresso Social (IPS) avalia três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades.

O último relatório do Índice de Progresso Social (IPS) revelou que oito cidades paraenses enfrentam sérias dificuldades nas áreas de habitação, educação e saúde. Esses municípios estão entre os 20 com os índices mais baixos do país, incluindo Trairão, Bannach, Jacareacanga, Cumaru do Norte, Pacajá, Uruará, Portel e Anapu.

O IPS avalia três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades. Cada uma dessas dimensões é composta por 12 componentes distintos, que são analisados através de indicadores específicos. No Brasil, o indicador mais crítico é o de habitação, com uma pontuação média de apenas 10,47. Além disso, a taxa de mortalidade infantil é alarmante, registrando 25 óbitos por mil nascimentos.

Em termos de desempenho geral, o IPS Brasil 2024 obteve uma pontuação de 61,83. As dimensões foram avaliadas da seguinte forma: Necessidades Humanas Básicas alcançou 73,58, Fundamentos do Bem-estar ficou em 67,10, e Oportunidades, a mais preocupante, teve uma pontuação de 44,83. É importante destacar que o IPS utiliza exclusivamente indicadores sociais e ambientais, excluindo dados econômicos, para medir o progresso socioambiental e focar nos resultados que impactam a vida das pessoas.

Jacareacanga, marcada por problemas como garimpo ilegal e desmatamento, teve um IPS de 38,92, posicionando-se em 5.566 de 5.570 municípios avaliados. Em contraste, Itacoatiara, no Amazonas, que se encontra em uma área mais conservada da Amazônia, alcançou um IPS de 58,60, ocupando a posição 2.579. Essas variações demonstram que o PIB per capta não é o único fator que determina o progresso social, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais holística para o desenvolvimento sustentável.

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