Durante o Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas, em Belém, o governo do Estado apresentou o programa Pará sem Fogo, lançado no Dia Mundial do Meio Ambiente. A proposta busca reforçar o combate aos incêndios florestais com estratégias como zoneamento prioritário e resposta rápida.
“Faremos um zoneamento prioritário e, a partir disso, a definição das regiões onde concentraremos a nossa atuação. Vamos construir também uma estrutura de brigadistas para que façam o combate in loco, de forma mais rápida e eficiente, além de garantir todo o equipamento necessário em combate ao desmatamento, em parceria com o setor privado e com uma rede de órgãos estaduais”, explicou o secretário Raul Protázio Romão, da Semas. Segundo ele, o novo plano surge diante do aumento da inflamabilidade das florestas.
A criação de um Centro Integrado Multiagências também foi anunciada, reunindo Semas, Corpo de Bombeiros, Sedap, Sepi e Ideflor-Bio. A ideia é unificar o comando das ações para dar agilidade no enfrentamento ao fogo.

Para Bruno Ferreira, CEO da startup Ecosmart Group, o evento mostra que há um esforço concreto do Estado em aplicar soluções ambientais. “Tecnicamente, considero que o ‘Pará sem Fogo’ tem uma viabilidade excelente e extremamente interessante”, disse.
Com mais de 200 participantes, o Fórum debateu temas como bioeconomia e políticas climáticas. A secretária adjunta Camille Bemerguy apresentou iniciativas voltadas à economia sustentável, como o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia.
“Estamos há dois dias entendendo dados, cenários e pensando sobre ações que implementaremos na nossa região”, afirmou Kassia Lopes, da Secretaria de Meio Ambiente de São Domingos do Capim. Ela destacou a importância da troca de conhecimentos entre os municípios.
O evento também contou com a presença de Aloísio Melo, secretário nacional do MMA, que abordou as NDCs do Brasil para a COP30, e de Brenda Maradei, que atualizou o público sobre a organização da conferência em Belém.
Deixe um comentário