Pará registra mais de 11 mil incêndios florestais em 2024

O estado é responsável por quase metade dos focos de incêndio em toda a Amazônia Legal, realidade que tem mobilizado operações intensivas de combate e monitoramento.

O Pará enfrentou um cenário crítico em 2024, registrando mais de 11 mil ocorrências de incêndios florestais, segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBM). O estado é responsável por quase metade dos focos de incêndio em toda a Amazônia Legal, realidade que tem mobilizado operações intensivas de combate e monitoramento.

Para enfrentar o problema, uma sala de situação foi criada pelo governo estadual, utilizando tecnologias avançadas para rastrear e combater as queimadas ilegais. Entre os sistemas empregados estão o BDQueimadas, a Plataforma MAIS Brasil, a Plataforma FIRMS da NASA e o Painel do Fogo, que ajudam a identificar focos de calor e incêndios em tempo real.

O coronel Wagner Silva, coordenador da Operação Fênix, destacou o papel estratégico da sala de situação, que conta com especialistas em geografia, geotecnia e tecnologia da informação para análise climática e ambiental. “Esses profissionais monitoram diariamente as condições climáticas e meteorológicas, além de posicionar equipes em campo para ações rápidas e eficazes”, explicou.

O Corpo de Bombeiros realiza três operações principais:

  • Operação Amazônia Viva, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), voltada para a prevenção.
  • Operação Curupira, que integra outros órgãos do Sistema de Segurança Pública.
  • Operação Fênix, com foco no combate direto e na resposta a desastres florestais.

Somente em 2024, as ações envolveram cerca de 700 militares e mais de 30 viaturas, alcançando 77 municípios e registrando mais de 2 mil ocorrências. A 7ª fase da Operação Fênix foi iniciada em novembro, marcando um esforço contínuo para conter os danos ambientais causados pelas queimadas no estado.

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