O estado do Pará será o principal beneficiado com os novos investimentos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), que destinou R$ 2 bilhões para a Região Norte em sua primeira reunião de 2025, realizada em maio. Desse total, R$ 1,4 bilhão será aplicado em projetos no território paraense, consolidando o estado como peça-chave na expansão da navegação interior e da infraestrutura fluvial nacional.
Os recursos permitirão a instalação de um transbordo flutuante, plataforma que facilita a transferência de cargas entre diferentes meios de transporte, além da construção de 66 barcaças porta-contêineres, 42 barcaças para transporte de granéis e oito empurradores, equipamentos essenciais para o escoamento da produção regional pelos rios.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os rios amazônicos representam as principais vias de transporte da região. “A Região Norte possui uma riqueza hidrográfica inestimável. Os rios são as estradas locais. Investir na navegação interior é proporcionar mais qualidade de vida, gerar empregos e fomentar a economia regional”, destacou.
O secretário nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, afirmou que há uma demanda crescente por embarcações na região. “Temos visto um aumento nas encomendas e nos financiamentos voltados à navegação interior. O Pará lidera esse movimento com projetos robustos e estratégicos”, disse.
Além do Pará, o Amazonas receberá R$ 563,9 milhões, destinados à construção de balsas graneleiras, balsas-tanque e rebocadores. Empresas como EdLopes Transportes Ltda e Wilson Sons Serviços Marítimos Ltda lideram os investimentos, com projetos que prometem gerar centenas de empregos diretos e impulsionar a indústria naval regional.
Ao todo, o CDFMM aprovou R$ 22 bilhões em 26 projetos em todo o país, sendo essa a maior liberação de recursos da história em uma única reunião do fundo. O FMM é gerido pelo Ministério de Portos e Aeroportos e conta com a participação de instituições financeiras como o BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.
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