Os incêndios florestais na Amazônia, especialmente no Pará, atingiram níveis alarmantes entre janeiro e outubro deste ano, conforme os dados apresentados pelo Monitor do Fogo, do Mapbiomas. A destruição foi de cerca de 2,8 milhões de hectares no Pará, representando 42% de todos os incêndios da Amazônia no período. Em toda a região, o fogo consumiu áreas dez vezes maiores que o desmatamento, destacando a gravidade da crise ambiental.
Principais Dados:
- Área Queimada na Amazônia: 15 milhões de hectares (55% das queimadas no Brasil).
- Desmatamento na Amazônia: 650 mil hectares entre janeiro e outubro, segundo o INPE.
- Áreas Consumidas pelo Fogo no Brasil: 27,6 milhões de hectares no total.
- Vegetação Nativa Queimada: Representa 64% da área atingida, sendo 45% florestas.
- Pastagens Atingidas: 21% da área queimada, totalizando 5,7 milhões de hectares.
Cenário no Pará:
- O estado lidera os índices de queimadas, com um aumento significativo em comparação ao mesmo período de 2023, quando 717 mil hectares foram queimados (um aumento de 7,5 vezes).
- Municípios mais atingidos:
- São Félix do Xingu
- Altamira
- Novo Progresso
- Ourilândia do Norte
- Cumaru do Norte
- Santana do Araguaia
- Itaituba
- Jacareacanga
- Parauapebas
- Santa Maria das Barreiras
Contexto Global e Nacional:
Os dados foram apresentados na COP-29, no Azerbaijão, reforçando a urgência de ações para conter a degradação ambiental na Amazônia, que concentra 73% dos focos de incêndio registrados em outubro no Brasil. Além disso, o aumento das queimadas na região foi de 58% em relação ao ano passado, evidenciando a intensificação do problema.
Esses números refletem a pressão crescente sobre a floresta e a necessidade de medidas efetivas de combate às queimadas e de proteção ambiental, tanto no âmbito regional quanto nacional.
Leia também:
Deixe um comentário