O pai de Jackeliny Costa Bastos, 34 anos, agredida pelo ex-marido Jinyong Lee, na Coreia, falou sobre o caso que tem repercutido em todo o Brasil. A mulher deve chegar em Santarém, no oeste do Pará, nos próximos dias.
O pai relatou que a filha foi alertada sobre os perigos que estava enfrentando ao mudar para um país de cultura e regime totalmente diferentes do Brasil, principalmente com alguém que ela conheceu há pouco tempo.
“A gente, como pai, como mãe, a gente não sabe o que nossos filhos fazem através da internet. Então, ela casou com essa pessoa e foi embora, assim, de repente. Criou um trauma na gente, a gente orientou, a gente conversou, mas ela não quis escutar”, contou o pai de Jackeliny.
Ao tomar conhecimento de que a filha teria sido expulsa de casa pelo ex-marido, o desespero tomou conta da família, que enfrentou muita dificuldade em lidar com a situação.
Enquanto a filha enfrentava dificuldades com um regime que não compartilha dos mesmos valores e apoio do Brasil, a família realizava uma campanha solidária para conseguir dinheiro e trazer Jackeliny de volta ao Brasil.
Ainda segundo o pai de Jackeliny, a falta de apoio de instituições internacionais, leis diferentes e assistência em um ambiente culturalmente diverso foi um dos maiores desafios, passando uma sensação de impotência diante do sistema que não favorece os brasileiros.
Em um vídeo divulgado por Jackeliny nas redes sociais, ela conta que, em apenas duas semanas, após aceitar o pedido de casamento de Jinyong Lee, que no início parecia ser o companheiro ideal, ele se tornou um agressor controlador, restringindo acesso ao celular e negando até alimentação. Ao terminar o relacionamento, Jinyong Lee teria deixado Jackeliny Costa desamparada.
Jackeliny procurou ajuda em um abrigo, mas encontrou dificuldade de comunicação no idioma. Ela diz que compartilha o local com outras mulheres, também vítimas de agressão. No vídeo, a vítima, muito abalada, diz que não consegue dormir e nem se alimentar.
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