Um crime hediondo, horripilante e desumano volta a trazer a ilha do Marajó ao centro do debate sobre a violência sexual e crimes brutais que crianças e adolescentes estão constantemente expostas e sendo vítimas, muitas vezes fatais.
Acusado de ter estuprado, enforcado, quebrado o pescoço e empalado uma adolescente de apenas 14 anos, o suspeito Willians Feitosa Rocha foi denunciado no primeiro Boletim de Ocorrência da PM, como o homem que mantinha um relacionamento com a mãe da vítima e está sendo procurado pelos agentes da segurança pública do estado pelo crime cometido contra V.L.M, de apenas 13 anos. A informação de que ele era padrasto da menina foi contestada por alguns populares.
Segundo sua mãe informou à polícia, o acusado teria chegado em Melgaço oriundo do município de Tailândia (PA), do nordeste paraense e se instalado no município marajoara onde destriuir a vida da garota, de sua família e comoveu a comunidade local. A polícia apura se o suspeito agiu sozinho ou com outros comparsas, como um homem identificado como “Netinho”.
No Boletim de Ocorrência registrado na delegacia de polícia civil de Melgaço, consta que sua mãe, Benedita Barbosa Maia informou à guarnição de uma viatura da PM, de que sua filha adolescente desapareceu na noite da última sexta-feira (22). A partir de então, uma força-tarefa envolvendo agentes de segurança, acionados pelo Conselho Tutelar (PM, Civil, Bombeiros e a Guarda Municipal) que iniciaram as buscas pela vítima.
O corpo foi encontrado na madrugada do sábado (16), sem a roupa de baixo, envolvido por um saco de lixo e jogado dentro de um poço abandonado no meio de um matagal, em um bairro do município onde residia com a família. Além de sinais de estrangulamento e estupro, ela teve o pescoço quebrado. Há relatos de que ela foi empalada, informação que não foi confirmada pela Polícia Civil, já que as investigações correm sob sigilo.
As forças policiais procuram pelo suspeito e qualquer informação que ajude a encontrar o principal acusado pelo crime, que teria 25 anos e está foragido até agora.
A população de Melgaço, município com cerca de 30 mil habitantes, sendo que apenas 4,3% da população do município tem alguma ocupação formal, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o órgão aponta que a cidade possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.
A proposta para instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa do Estado do Pará – ALEPA não acumulou o número de assinaturas suficientes para investigar a fundo o que ocorre no Marajó, onde esse tipo de crime – infelizmente – é recorrente. O bispo Emérito do Marajó, Dom Azcona redigiu uma carta direcionada ao governador, deputados e membros do Ministério Público, mas não surtiu efeito e os crimes contra crianças e adolescentes seguem no arquipélago.
Atualização
O acusado de estuprar e assassinar com atos de crueldade, uma adolescente em Melgaço, no Marajó, foi preso pela PM. Leia aqui.
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UMA REGIÃO MARCADA POR GRAVES MAZELAS
A região do Marajó, no estado do Pará, é conhecida por suas belezas naturais e cultura única, mas também carrega o peso de um problema persistente: a violência. Nesse cenário, a impunidade se destaca como um dos grandes desafios, gerando um ciclo de criminalidade que afeta a população local.
Os índices de violência no Marajó são alarmantes. Crimes como homicídios, assaltos e violência doméstica são recorrentes, deixando a população em constante estado de alerta e medo. No entanto, o que mais chama atenção é a sensação de impunidade que permeia a região.
A falta de estrutura das instituições responsáveis pela segurança pública, aliada à precariedade do sistema judiciário, contribui para a perpetuação desse cenário. Muitos crimes acabam sem solução, e os culpados raramente são levados à justiça. Isso cria um ambiente propício para que a criminalidade prospere, minando a confiança da população nas autoridades.
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