Em visita guiada com a imprensa ao novo Mercado de São Brás nesta segunda-feira (16), o presidente da Codem (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém ) José Akel, mencionou algumas mudanças em infraestrutura como a adição de escadas rolantes áreas com ventilador e áreas com ar condicionado.
Ele também destacou que o novo mercado pretende trazer uma melhor experiência em um dos pontos históricos de maior circulação da capital paraense.
Ele destacou ainda que haverá uma mudança de preço para que os trabalhadores estejam nas diferentes áreas do novo espaço, mas que todos os detalhes dessa mudança podem ser negociados diretamente com a Codem.
O projeto de restauração, assinado pelo arquiteto Aurélio Meira, inclui um centro de convenções, restaurante panorâmico, terraço, área para as boieiras, feira, mezaninos, elevadores, escadas rolantes, estacionamento para mais de 200 veículos.
Investimentos e retorno para a população
A restauração do Mercado de São Brás também deve impulsionar a culinária de Belém, município que, desde 2015, detém o selo de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O investimento no projeto soma quase R$ 118 milhões, provenientes de recursos municipais e federais. A requalificação do espaço deve gerar cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos.
Projetado no início do século XX pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o Mercado de São Brás possui uma estrutura de ferro que mescla elementos do art nouveau e neoclássico, com detalhes em ferro e azulejos decorativos.
A revitalização realizada no espaço, preserva esse patrimônio histórico e o integra à Praça Floriano Peixoto, criando um espaço moderno e funcional para os moradores e visitantes de Belém.
Relembre a história do Mercado de São Brás
Localizado na Praça Floriano Peixoto, o Mercado de São Brás foi construído no início do século XX, de 01 de maio de 1910 a 21 de maio de 1911, para ser utilizado como mercado público e atender a grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/ Bragança.
Como o ponto final do trem era em São Brás, com muitas pessoas embarcando e desembarcando ali, a área se tornou atrativa para a comercialização de produtos.
O espaço foi projetado também para ampliar o abastecimento da cidade, que até então ficava concentrado apenas no mercado do Ver-o-Peso.
Em 1988, o mercado passou por uma grande reforma, com mudanças significativas nos seus aspectos espaciais e de uso.
Patrimônio histórico e cultural, o Mercado de São Brás é tombado pelo Município de Belém, e também pelo Estado, em conjunto com a Caixa d’água de Ferro, outro elemento arquitetônico emblemático do bairro e da cidade.
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