MPPA investiga superfaturamento em compra de produtos na Prefeitura de Santa Bárbara do Pará: “Flanela a R$ 158,00 a unidade?” - Estado do Pará Online

MPPA investiga superfaturamento em compra de produtos na Prefeitura de Santa Bárbara do Pará: “Flanela a R$ 158,00 a unidade?”

Caso foi à tona após denúncias do vereador Enfermeiro Edson (PSD), que alegou ter encontrado indícios de que materiais de limpeza comuns foram comprados por um preço 70 vezes superior ao cobrado

Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) investiga a Prefeitura de Santa Bárbara do Parápor um suposto esquema de superfaturamento em contratos de compras de materiais de limpeza. O caso veio à tona após o vereador Enfermeiro Edson Braga (PSD) protocolar uma denúncia contra o município, alegando irregularidades nos contratos vinculados à empresa M.G Trindade Comercial Ltda.

Enfermeiro Edson disse que itens de uso comuns do dia a dia foram adquiridos por valores até 70 vezes superiores ao que é, normalmente, cobrado.

“Flanelas que custam, em média, R$ 2,00, a prefeitura vem pagando R$ 158,00 a unidade, enquanto sacos plásticos transparentes de 50 litros estão sendo adquiridos por R$ 125,00 cada”, afirmou o parlamentar. Ele garantiu, ainda, ter encontrado as supostas irregularidades durante fiscalizações e apresentou como prova notas, contratos e licitações disponíveis no Portal da Transparência.

Assista:

Ver no Threads

De acordo com os documentos apresentados, o contrato entre a Prefeitura e a empresa M.G Trindade foi firmado em 2024, durante a gestão do atual prefeito Marcão (MDB), e só foi reincidido após a denúncia do vereador ao MPPA.

Veja:

Diante da representação, a promotora de Justiça Viviana dos Santos Couto Delaquis Perez, titular da comarca de Santa Bárbara, determinou que a prefeitura preste esclarecimentos.

Em despacho, o MPPA solicitou cópias integrais dos processos licitatórios e contratos firmados com a empresa investigada. Após a denúncia, a empresa M.G Trindade Comercial Ltda. devolveu espontaneamente os valores recebidos referentes aos produtos supostamente superfaturados. Apesar disso, o caso continua em apuração pelo Ministério Público do Estado (MPPA), que deve avaliar se houve crime de improbidade administrativa e se a gestão municipal será responsabilizada.

O EPOL solicitou nota à Prefeitura de Santa Bárbara e à empresa envolvida no escândalo e aguarda retorno.

Leia também: