O Ministério Público do Pará (MPPA), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) e com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), conduziu a Operação Locus II – fase Terra Comprometida nos dias 6 e 7 de agosto. A operação resultou no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado do TJPA, e na imposição de diversas medidas cautelares.
A investigação, que já dura cerca de três anos, investiga a possível existência de uma organização criminosa em Canaã dos Carajás, sudeste paraense. A suspeita é que o esquema, envolvendo empresários e agentes públicos, esteja ligado a crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava fraudando licitações ao constituir empresas fictícias e simular concorrências. O esquema envolvia a divisão de contratos públicos entre empresas selecionadas e a execução de serviços em áreas como locação de veículos, remoção de pacientes, e construção civil, gerando desvios de recursos públicos na casa das centenas de milhões de reais.
Durante a operação, foram apreendidos R$ 565.304,00 e €17.670 em espécie, além de R$ 309.759,90 em cheques. Também foram confiscadas nove armas de fogo e munições irregulares. Alguns investigados foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil de Canaã dos Carajás para a lavratura do flagrante.
Além dos mandados de busca, as medidas cautelares incluem a suspensão de contratos administrativos, a suspensão das funções públicas dos investigados e a proibição de frequentar prédios de órgãos públicos de Canaã dos Carajás.
A operação contou com a participação de 20 promotores de justiça e 90 agentes, divididos em 26 equipes e 37 viaturas. As investigações seguem em segredo de justiça.
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