A enfermeira Nazaré Athayde, aos 79 anos, faleceu no último sábado (16), deixando um legado imensurável para a saúde pública do Pará e do Brasil. Natural de Belém, Nazaré foi uma das principais responsáveis pela erradicação de diversas doenças infectocontagiosas e atuou intensamente em programas de imunização, tanto no Brasil quanto em países da África e América Latina. Sua morte, em decorrência de um câncer no pâncreas, gerou grande comoção entre profissionais da saúde e autoridades.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), expressou pesar nas redes sociais e lembrou da contribuição fundamental de Nazaré na implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos 90, além de sua longa carreira à frente de políticas de imunização. “Perdemos uma das mais importantes profissionais da imunização”, afirmou o prefeito.
A dedicação de Nazaré à saúde pública foi igualmente destacada pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), onde era coordenadora do Programa de Imunizações, que ressaltou seu compromisso e amor à vida, deixando um legado eterno para a população.
Antes de sua morte, a enfermeira também foi homenageada, na última quinta-feira (14), pela Sociedade Paraense de Infectologia durante a abertura do IX Congresso Norte/Nordeste de Infectologia, evento realizado em Belém. Na ocasião, o filho de Nazaré, Victor Athayde, recebeu a homenagem em nome da mãe.
Nazaré também foi professora da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e recebeu condecorações de três presidentes da República. Sua contribuição foi decisiva para a erradicação de doenças no Pará e em outros estados, e ela continuava à frente do Programa de Imunizações da Sesma até seus últimos dias, uma referência em políticas públicas de saúde.
A morte de Nazaré Athayde deixa um vazio profundo, mas seu trabalho, que ajudou a salvar inúmeras vidas, será sempre lembrado como uma inspiração para as futuras gerações de profissionais da saúde. Nazaré deixa seu marido, um filho, onze irmãos e muitos admiradores.
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