Ministros do BRICS alinham prioridades para a COP30 e cobram mais financiamento climático

Durante a reunião ministerial, realizada no Itamaraty, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou a relevância do bloco, que reúne quase 50% da população mundial e cerca de 40% do PIB global

Foto: Isabella Castilho/BRICS Brasil

Os ministros de Meio Ambiente dos países do BRICS aprovaram, nesta quinta-feira (3), uma declaração conjunta com as principais prioridades do bloco para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Entre os temas centrais estão a atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a ampliação do financiamento climático para países em desenvolvimento. A declaração será levada à Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, marcada para julho, no Rio de Janeiro.

Durante a reunião ministerial, realizada no Itamaraty, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou a relevância do bloco, que reúne quase 50% da população mundial e cerca de 40% do PIB global. A secretária-executiva da conferência, Ana Toni, reforçou o alinhamento entre as pautas do BRICS e os compromissos da presidência brasileira à frente do maior fórum climático do planeta.

A ministra Marina Silva apontou o desafio de garantir o repasse de US$ 1,3 trilhão dos países desenvolvidos até 2035, frente aos US$ 300 bilhões prometidos até agora. Ela também destacou a proposta brasileira de criar o Fundo Florestas para Sempre (TFFF), voltado à conservação, como mecanismo inovador que será lançado oficialmente durante a COP30.

Sobre as NDCs, o documento reforça a urgência de que os países atualizem suas metas climáticas. Até o momento, apenas Brasil e Emirados Árabes Unidos cumpriram esse compromisso entre os onze membros do bloco. O presidente Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, convocaram uma reunião ainda em abril para estimular os demais países a apresentarem suas metas até o prazo final, em setembro.

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