A deputada estadual Lívia Duarte (PSOL) chamou a atenção ao compartilhar, em suas redes sociais, uma foto acampada no prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém, nesta quinta-feira (16). Na publicação, ela afirmou estar “prontíssima para as lutas de hoje” e rebateu críticas recebidas após a repercussão de um vídeo onde aparece discutindo com policiais durante um protesto no local.
“Quem me ataca com fake news e baixaria, não sabe duas coisas: 1. Meu ‘coração’ é um turbilhão, mas minha cabeça é um gelo. Só me estresso com retirada de direito e violência, o resto levo de boas. 2. Eu não ando só e a companhia de quem luta e uma boa rede são renovadores”, escreveu a deputada.
A declaração veio após a divulgação de imagens em que Lívia Duarte afirma ser a maior autoridade presente durante as negociações para a desocupação do prédio, ocupado há três dias por manifestantes. No vídeo, ela chegou a ameaçar ligar para o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, gerando críticas sobre sua postura.
Confira:
Em nota, a assessoria da deputada Lívia Duarte informou que “o vídeo foi intencionalmente cortado no intuito de distorcer o que estava sendo tratado”, informaram ainda que a deputada cobrava dos Policiais Militares o acesso dos jornalistas para cobrirem a ocupação da Seduc pelo movimento dos indígenas. A nota reafirma o compromisso de Lívia com a luta por direitos para indígenas, jornalistas, radialistas, professores e outros trabalhadores.
O protesto
O prédio da Seduc foi invadido na última terça-feira (14) por indígenas do sul do Pará e professores da rede estadual, que protestam contra políticas do governo estadual, liderado por Helder Barbalho (MDB). Os manifestantes alegam que as medidas colocam em risco o Sistema Modular de Ensino (Some) e promovem cortes que afetam diretamente a educação pública e os direitos dos profissionais do setor.
Lideranças indígenas ressaltaram que o fim do Some representaria um grave retrocesso, especialmente para comunidades de áreas remotas, que dependem do sistema para acessar a educação. O movimento conta com o apoio de entidades e parlamentares que acompanham a situação de perto.
A Seduc e autoridades estaduais ainda não se manifestaram oficialmente sobre as demandas apresentadas. Enquanto isso, a ocupação e os debates sobre as políticas educacionais continuam mobilizando a sociedade e gerando repercussão nas redes sociais.
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