O jornalista Lúcio Flávio Pinto denuncia esquemas de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Estado do Pará e na Fundação Cultural do Pará. O desvio de verba acontece no pagamento de cachês para artistas realizarem apresentações musicais.
Do outro lado do esquema, os poderes executivo e legislativo utilizam de dinheiro público para fins políticos e eleitorais.
Lúcio Flávio Pinto afirma que os cachês pagos são muito acima do mercado convencional, chegando a quantia de R$150 mil. No dia 24 de abril deste ano, segundo publicação do Diário Oficial do Estado, foram destinados recursos para 24 espetáculos, que ficarão com R$1,8 milhão.
O recurso é destinado por emendas parlamentares, porém, não é informado no Diário Oficial o nome do parlamentar responsável pela verba. O repasse do dinheiro vinha sendo feito pela Secretaria de Cultura e a Fundação Cultural do Estado, mas a Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa) também vem disponibilizando o dinheiro.
A reportagem entrou em contato com os órgãos citados e aguarda um retorno.
Em matéria publicada em Março de 2022, Lúcio Flávio Pinto revelou os nomes das empresas beneficiadas pela Fundação Cultural do Pará.
“Os artistas beneficiados pela farra dos cachês da Fundação Cultural do Pará não recebem pessoalmente o dinheiro. A verba pública é entregue aos seus empresários ou procuradores, identificados nos extratos contratuais como “favorecidos”. A expressão é mais adequada.
São 14 empresas, que fornecem seus CNPJs para serem incluídos no documento oficial. Nele não são informados o nome do favorecido nem o endereço da sua microempresa ou empresa individual, de capital pequeno (de 20 mil ou 30 mil reais).
Seria bom ler os contratos entre a fundação e os favorecidos, que são:
* Pará Prime Produções e Eventos
* JF Produções
* Casseb Produções
* VM Produções e Eventos
* F5 Produções e Eventos
* Sousa Produções
* FSR Produções e Eventos
* Parashows Produções e Eventos
* GM Produções & Eventos
* Talentos da Amazônia
* Chaf Produções de Eventos
* RB Produções e Eventos
* 3 A Produções
Em 2021, o influenciador digital, Davi Mafra publicou diversos vídeos sobre a “rachadinha”, entre eles, um emblemático, envolvendo o cantor MC Dourado, que gravou uma conversa com uma das empresárias denunciada como uma das operadoras do esquema. Assista:
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