Samir Chamon, irmão do deputado estadual e também candidato à Prefeitura de Marabá, Chamonzinho (MDB), está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de liderar uma organização criminosa envolvida na usurpação de terras e exploração ilegal de minério. A denúncia, aceita pelo Ministério Público Federal (MPF), resultou na instauração de um inquérito policial para apurar a extração ilegal de cobre na Fazenda São Luiz, localizada em Canaã dos Carajás.
O Inquérito Policial de Nº 2020.0071516-DPF/MBA/PA foi aberto com base em informações trazidas pelo MPF, no processo nº 1002911-36.2020.4.01.3901. Entre as evidências apresentadas estão relatos da mineradora Vale sobre extrações ilegais em diversas localidades, incluindo o “Garimpo do Chagas VS 40” e o “Garimpo do Luizão VS do Melechete”. Estes garimpos estariam localizados na propriedade do coronel Rodrigues dos Santos, uma figura de destaque na região.
Além de Samir Chamon, a investigação da PF também está focada em outras duas figuras associadas ao esquema. Estas pessoas seriam responsáveis por parte do minério apreendido recentemente em Marabá e nos portos de Vila do Conde, em Barcarena, e de Itaqui, em São Luís, no Maranhão.
A região, conhecida por sua influência política da família Chamon, enfrenta crescente preocupação sobre a legalidade das atividades mineradoras e a proteção de suas terras. A investigação em curso busca esclarecer o envolvimento de Samir Chamon e dos demais acusados, além de combater práticas ilícitas que impactam a exploração de recursos naturais e a integridade das comunidades locais.
Em 2020, Samir Chamon foi preso suspeito de participar de um esquema criminoso de extração ilegal de minério de ferro no município de Curionópolis, sudeste do Pará. As investigações apontaram que ele era dono de uma empresa alvo da operação que utilizava minérios anulados pela Justiça Federal e sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM), o que impede que o minério seja beneficiado ou transportado do município.
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Reportagem mentirosa a mando de um pilantra mais de 100 inqueritos instaurados pela PF, atento pro tiro não sair pela culatra.