Instituto Boi Vagalume celebra o Dia do Carimbó na Praça da República

O movimento cultural que existe há 40 anos celebra o dia em que o Carimbó foi decretado patrimônio cultural, mas sem esquecer da luta pela valorização de artistas locais e pela promoção, memória e legado da cultura paraense.

Na manhã deste domingo (22), o Instituto Boi Vagalume, criado pelo artista plástico Cutié no bairro da Marambaia, em Belém, celebrou o Dia do Carimbó, em menção aos 10 anos em que o Carimbó foi decretado patrimônio cultural, em uma programação dançante para a toda a família na Praça da República.

Em parceria com diversos artistas e produtores culturais, Cutié luta pela preservação da cultura e memória paraense.

Em entrevista ao Estado do Pará Online, Cutié narra que o movimento reúne diversos artistas independentes que lutam para garantir o espaço da música regional em atrações culturais locais, assim como promover a democratização da cultura local com programações nas praças da capital paraense.

Essa grande comemoração celebra um movimento de 40 anos onde passaram vários artistas. Atuamos para que as pessoas começam a gostar do carimbó, a consumir o carimbó como música do Pará nas suas festas, quanto o manifesto de garantia dos direitos para os artistas e para as pessoas, principalmente, porque o cidadão vai à praça, ao espaço público para buscar diversão.

Cutié destaca que mesmo completando 10 anos da criação do Dia do Carimbó como patrimônio cultural, ele ainda está abaixo da devida valorização na cultura local: “O Carimbó faz parte da nossa cultura ancestral, temos mestres brilhantes que já se foram e outros ainda atuam, mas o que teremos para o futuro?” questiona, enfatizando a necessidade de incentivos para a manutenção da cultura da música regional e também na formação e incentivo de novos mestres.

Ele destaca que a ideia das programações na praça é serem algo tradicional e cada vez mais frequente no imaginário do morador da capital paraense.

Num dia de domingo a pessoa quer ver coisas diferentes, se divertir. A população quer uma cultura limpa, que tem a ver com a sua ancestralidade, e o Carimbó é exatamente isso. Lutamos para distanciar esse preconceito que existe sobre a nossa música, sobre nossas coisas e deixar uma marca cada vez mais positiva na população.

Cutié, artista plástico e criador do Instituto Boi Vagalume

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