Influenciadora marajoara revoluciona a moda com fibras naturais para celebrar a cultura local

Jaqueline Carvalho usa vestuário sustentável para promover a conexão com a natureza e a cultura marajoara.

Jaqueline Carvalho, maquiadora e influenciadora digital de 29 anos, tem usado a arte marajoara como meio de expressão na moda e em seus vídeos gravados às margens dos rios da Ilha do Marajó. Natural de Muaná, ela viveu 15 anos na comunidade ribeirinha do Rio Piramujarú antes de se mudar para a área urbana do município. Mãe de dois filhos, Jaqueline utiliza suas redes sociais para valorizar a conexão entre sustentabilidade e identidade cultural.Ela destaca que o Marajó lhe transmite uma força e sabedoria que considera ancestral, afirmando que “O Marajó sempre será o centro dos meus conteúdos por aqui”. Em eventos de moda e influenciadores em Belém, Jaqueline se destacou por ser uma das poucas representantes do arquipélago e por usar roupas feitas inteiramente com fibras vegetais amazônicas.

Em parceria com o estilista muanense Alê Ferreiro, responsável pelo figurino da cantora Anitta em um videoclipe gravado em Belém, Jaqueline vestiu um corset e uma saia confeccionados com tecido de chita e detalhes da aba de chapéus de palha para o evento “Arraiá da Sintra”. Ela contou: “Quando fui convidada para o Arraiá da Thays, pensei em usar um figurino que representasse o meu lugar, o Marajó. Lembrei do chapéu de palha e falei com o Alê. Ele disse que era possível e que ficaria incrível”.Em outra ocasião, durante um evento de beleza em um shopping de Belém, Jaqueline usou um blazer feito de palha da costa, uma fibra tradicionalmente usada na confecção de esteiras. Ela explicou: “Todo mundo achava que era tecido, mas era fibra amazônica. Nessa produção, usamos fibra de curauá nos acessórios e no corset, além de detalhes da aba do chapéu de palha… A ideia é criar sem destruir. É moda marajoara, moda sustentável”.Sobre seus vídeos nas redes sociais, Jaqueline afirma que busca proporcionar mais qualidade de vida para seus filhos por meio do contato com a natureza e valorizar a cultura do Marajó. Ela conclui: “Neste mês faço 30 anos, e meus planos são ter mais qualidade de vida e proporcionar isso também para os meus filhos, inclusive vivendo mais com eles na beira do rio… Mas também quero desbravar esse Marajó de rios e campos, e mostrar para o Brasil que, para mim, o Marajó é, sim, o melhor lugar para se viver!”

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