Cerca de 230 indígenas das etnias Munduruku, Guarani e Kaiowá ocuparam, na última segunda-feira (14), a sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em Brasília (DF), exigindo a presença de representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério da Justiça na mesa de conciliação sobre o Marco Temporal, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ação conjunta das três etnias reforça a mobilização nacional dos povos originários, que veem na tese do Marco Temporal uma ameaça aos direitos constitucionais garantidos às terras indígenas. O processo está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, que se reunirá com lideranças indígenas nesta terça-feira (15), às 17h, no STF.
Bloqueios na BR-230, no sudoeste do Pará, marcaram a resistência do povo Munduruku. Durante 14 dias, a rodovia foi parcialmente interditada em Itaituba, como forma de protesto. A liberação do trecho, anunciada no último dia 7, foi um gesto de boa-fé, diante da confirmação da audiência com o Supremo.
Mesmo diante de condições adversas, como chuvas e calor intenso, os indígenas mantiveram a mobilização com participação de idosos e crianças. O movimento reivindica participação efetiva na definição de políticas que afetam diretamente seus territórios e cobra respeito à Constituição Federal de 1988.
O portal Estado do Pará Online (EPOL) segue acompanhando os desdobramentos da mobilização, e aguarda o resultado da reunião com o Ministro para atualização de nossos leitores.
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