A ocupação da Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC), em Belém, completou mais de dez dias nesta quinta-feira (23). O movimento, liderado por cerca de 400 indígenas de 20 povos, permanece exigindo a revogação da Lei 10.820/2024 e um diálogo direto com o governador Helder Barbalho (MDB).
Com Belém sediando a COP 30 em 2025, os manifestantes cobram coerência nas políticas voltadas às populações tradicionais. Uma das líderes indígenas, a antropóloga Luana Kumaruara, destacou: “Se o governador quer fazer a COP 30, ele precisa dialogar com os povos dos rios e das florestas”.
A manifestação, que também reivindica melhorias na educação das comunidades tradicionais, critica a substituição do ensino presencial por educação a distância nas regiões mais remotas. Os indígenas afirmam que a revogação beneficiaria não apenas seus povos, mas também quilombolas e professores. Enquanto aguardam a chegada de mais lideranças para fortalecer o movimento, reiteram que a ocupação continuará até que sejam atendidos diretamente pelo governo estadual.
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