O Hospital Materno Infantil (HMI) de Marabá registrou cinco mortes nos primeiros 20 dias de 2025. No último sábado (18), foram confirmados dois óbitos de recém-nascidos. Antes disso, em 15 de janeiro, um bebê morreu durante o parto, e nos dias 7 e 9 foram registradas as mortes de uma mãe e do bebê que estava em seu ventre.
Em nota oficial, a Prefeitura de Marabá detalhou os casos mais recentes. Um dos bebês que morreu no sábado era filho de uma gestante de 17 anos, que deu à luz no dia 15 de janeiro. Segundo o comunicado, o recém-nascido nasceu com anoxia (falta de oxigênio), foi colocado em ventilação mecânica e transferido para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Apesar dos esforços médicos, o estado de saúde do bebê não melhorou. Uma transferência para o Hospital Regional foi solicitada em 16 de janeiro, mas não ocorreu. O óbito foi registrado às 23h da sexta-feira (17).
No segundo caso, envolvendo uma gestante vinda de Rondon do Pará, a prefeitura informou que a paciente chegou ao hospital sem regulação e já apresentava, segundo exames realizados anteriormente, a ausência de sinais vitais do bebê. A equipe médica do HMI confirmou o óbito intrauterino e realizou uma cesariana de emergência.
Na última quinta-feira (16), uma comissão de vereadores visitou o HMI para investigar as circunstâncias das mortes. O grupo, composto por 10 parlamentares, foi recebido pelo diretor do hospital, Fábio Farias. Durante a visita, os vereadores destacaram a necessidade de contratação de médicos especialistas, especialmente ginecologistas e obstetras, para lidar com casos de maior complexidade.
Eles também solicitaram que as mortes recentes sejam investigadas com rigor e propuseram uma reunião entre a Prefeitura, a Organização Social (OS) Madre Tereza, responsável pela gestão do hospital, e os parlamentares para discutir soluções.
O diretor do HMI reconheceu a carência de especialistas e defendeu melhorias na capacitação da equipe, além de um atendimento mais eficiente e humanizado. Ele também afirmou que, no caso do bebê falecido no dia 15, a paciente recebeu atendimento adequado, mas complicações relacionadas a um descolamento de placenta agravaram o quadro.
Como resultado da reunião, foi definido que haverá uma fiscalização mais rigorosa para assegurar o cumprimento do contrato com a OS e garantir o atendimento especializado necessário para a população.
Com informações de Correio de Carajás
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