Helder entra em campo na fusão do MDB e PSDB, mas aliança esbarra em divergências com o PSD

Entre os emedebistas, a possível candidatura de Eduardo Leite à Presidência nas próximas eleições tem sido um fator-chave nas conversas

Marcos Santos/Agência Pará.

A cúpula do MDB, com apoio de importantes figuras como o governador Hélder Barbalho, está montando uma força-tarefa para viabilizar uma fusão com o PSDB, apesar das dificuldades com o PSD de Gilberto Kassab. 

A movimentação conta com apelos do ex-presidente Michel Temer e da ministra Simone Tebet, além de diálogos com lideranças tucanas, como o presidente Marconi Perillo e o deputado Aécio Neves. No entanto, as negociações são complicadas pela oposição do PSD, especialmente em estados onde as siglas têm divergências políticas, como Minas Gerais, Ceará e Bahia.

Entre os emedebistas, a possível candidatura de Eduardo Leite à Presidência nas próximas eleições tem sido um fator-chave nas conversas. Baleia Rossi, presidente do MDB, destaca que a fusão não é um movimento isolado e envolve várias lideranças, além da necessidade de uma discussão programática sobre o futuro do Brasil. No entanto, a diversidade interna do MDB, com alas tanto alinhadas ao governo Lula quanto opositoras, cria desafios adicionais para concretizar a união com os tucanos.

Por outro lado, o PSD, que tem se aproximado do governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo, encontra dificuldades para alinhar seus interesses com o PSDB, principalmente nas disputas estaduais.

O PSD também tem o governador Ratinho Jr. como possível presidenciável para 2026, o que coloca em risco a candidatura de Eduardo Leite ou Raquel Lyra. A fusão entre as siglas ainda depende de um longo processo de negociação, com uma decisão provável apenas para março, conforme indicam os líderes do PSDB.

Com informações de O Globo.

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