Uma publicação do jornalista Heber Gueiros trouxe à tona uma discussão sobre a segurança estrutural do Mercado de Ferro, também conhecido como Mercado de Peixe, em Belém. Em suas redes sociais, Gueiros compartilhou uma postagem do historiador Michel Pinho, que questionou se o mercado, ícone da Belle Époque paraense, estaria ou não inclinado em direção à Baía do Guajará. O jornalista usou a oportunidade para explicar que este é um fenômeno associado às chamadas “terras caídas”, tese defendida pelo engenheiro Nagib Charone, que aponta o solo encharcado e o peso das estruturas como causas potenciais do problema.
Construído em 1901, o Mercado de Ferro possui uma arquitetura eclética com elementos Art Nouveau e estrutura predominantemente metálica. Localizado em uma região aterrada no século XIX, o mercado já passou por obras de restauração em 1985, quando foi constatada uma inclinação de 1,10m em uma de suas torres. Charone, na época, foi o engenheiro responsável pelas intervenções estruturais que evitaram danos maiores.
Apesar de comentários descontraídos que compararam o cartão postal de Belém com a Torre de Pisa, na Itália, a situação traz à tona a necessidade de medidas preventivas para evitar complicações futuras. Além de ser um marco histórico e turístico, o Mercado do Ver-o-Peso desempenha um papel central na economia local e é fonte de renda para muitas famílias belenenses, o que reforça ainda mais a importância de sua preservação.
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