Começou nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, o II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN), com o objetivo de discutir estratégias que aliem desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade. O evento, que se estende até terça-feira (27), reúne representantes de diversos setores para debater o papel do financiamento climático e da justiça ambiental no enfrentamento às mudanças do clima.
Em destaque na abertura, Ana Toni, diretora executiva da COP 30, criticou a falta de compromisso dos países desenvolvidos em liberar recursos prometidos para a descarbonização dos países em desenvolvimento. “Mobilizar até 1,3 trilhão de dólares não é caridade, é responsabilidade coletiva. Se o recurso não vier, não conseguiremos contribuir com a descarbonização global”, afirmou.
Organizado por sete instituições da sociedade civil — Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia —, o FFCN busca criar ambientes regulatórios e institucionais que estimulem investimentos em tecnologias e práticas sustentáveis.
Uma das vozes que chamou atenção no fórum foi a de Marcele Oliveira, nomeada pelo governo brasileiro como “Campeã Climática da Juventude”, que defendeu a inclusão efetiva das juventudes nas políticas ambientais. “Não dá para falar de novos acordos climáticos sem considerar as juventudes que vivem nas florestas e esperam resultados reais em seus territórios”, disse.
O fórum pretende promover soluções financeiras sustentáveis que unam clima, biodiversidade e desenvolvimento econômico, com retorno positivo tanto para a sociedade quanto para os investidores.
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