Em uma iniciativa inédita, a Prefeitura de Belém abriu as portas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) para receber, nesta terça (29) e quarta-feira (30), a Feira Artesão Nota 1.000, evento solidário que reúne artigos produzidos por pacientes de longo prazo de hospitais públicos da capital.
Tradicionalmente realizada há uma década em instituições do Governo do Estado, esta é a primeira vez que a feira acontece dentro de um órgão da administração municipal. A ação visa arrecadar recursos para terapias ocupacionais de pacientes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Hospital Abelardo Santos e Hospital Ophir Loyola.
“Estamos muito felizes com o apoio da Prefeitura a nossos pacientes e colaboradores desta feira. É mais uma oportunidade de levantarmos recursos e divulgar esse trabalho tão importante”, destacou Josiane Muniz, presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará e coordenadora do projeto.
Localizada na sede da Sedcon, na avenida Dr. Freitas, 2272, a feira funciona das 9h às 15h e oferece produtos como roupas, bijuterias, cosméticos, livros, acessórios e artigos de papelaria.
Para a servidora pública Sandra Paixão, 50 anos, a iniciativa facilita o acesso a boas opções de compra durante o expediente. “Achei bem interessante a feira para quem não tem tempo de ir às compras durante a semana. A gente encontra boas opções aqui, em pleno ambiente de trabalho”, comentou.
Cerca de 30% das 70 expositoras são pacientes que enfrentam doenças crônicas e participam do projeto como forma de complementar a renda e financiar parte de seus tratamentos. Uma delas é Márcia Souza, 47 anos, transplantada de fígado e à espera de um transplante renal, que vende roupas no evento.
“Esse apoio da Prefeitura traz um pouco de tranquilidade ao nosso coração. Só quem passa por dificuldades de saúde, e que ainda perduram, sabe o quanto é difícil e custoso o tratamento”, afirmou Márcia.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, André Cunha, a ação vai além da geração de renda. “Nossa secretaria prioriza não apenas o desenvolvimento econômico, mas a humanização. Receber esta feira é abraçar cada um dos pacientes que lutam pela vida com resiliência e dignidade”, concluiu.
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