A movimentação intensa na Blue Zone após o protesto de terça-feira (11) deixou um rastro de preocupação que chegou rápido ao Planalto. No dia seguinte, a ONU enviou ao governo federal um pedido formal de reforço na segurança do principal espaço de negociações da COP30.
A carta foi encaminhada à Casa Civil, responsável por coordenar as ações brasileiras na conferência. O documento não teve seu conteúdo divulgado, mas confirma o incômodo com o episódio em que manifestantes e indígenas tentaram avançar até as áreas internas da Zona Azul.
Embora a proteção interna seja definida pelo UNDSS, braço de segurança da ONU, Brasília foi instada a ampliar garantias no entorno e nos acessos.
Governo corre para reorganizar o esquema de proteção
A Casa Civil afirmou que “todas as solicitações da ONU têm sido atendidas” e reforçou que não participou da decisão operacional sobre o protesto. Segundo a pasta, a reação institucional começou na quarta-feira, quando representantes do governo federal, estadual e do UNDSS revisaram os quantitativos policiais e aumentaram a cobertura nos perímetros Laranja e Vermelho, que também foram ampliados.
Medidas adotadas incluem:
- Reposicionamento e ampliação de forças;
- Expansão do espaço intermediário entre as Zonas Azul e Verde para evitar novos episódios;
- Ação conjunta entre Força Nacional e Polícia Federal na Zona Verde;
- Instalação de gradis, barreiras metálicas e estruturas de contenção em trechos vulneráveis.
A Casa Civil acrescentou que a conferência também passou por ajustes estruturais. Novos equipamentos de climatização foram instalados nas tendas, unidades sprint foram adicionadas nas salas com falhas e as goteiras provocadas pelo rompimento de calhas no Media Center e no Posto de Saúde foram corrigidas.
Como foi o tumulto na Blue Zone
A confusão começou no início da noite. As entradas e saídas da Blue Zone foram fechadas depois que o grupo rompeu a área dos detectores de metal e tentou acessar o pavilhão interno. Seguranças formaram cordões humanos para impedir o avanço. Dois profissionais ficaram feridos.
Os manifestantes exibiam bandeiras de coletivos estudantis, faixas contra a exploração de petróleo e cartazes em apoio à Palestina. Por ser considerada território da ONU, a Blue Zone se submete diretamente ao protocolo de segurança internacional.
Com a situação controlada, os manifestantes foram retirados e as pessoas credenciadas conseguiram deixar o pavilhão.










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