Tal como revelamos de forma exclusiva e inédita para nossas leitoras e leitores, a sétima ficha de filiação partidária da atual secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal (União Brasil) foi assinada no dia 06 de abril deste ano, configurando-se como a sétima em sua carreira política.
Mas o que ainda não tínhamos revelado e que tivemos que apurar através de nosso jornalismo investigativo é que a mudança do partido dela foi resultado de uma silenciosa e histórica movimentação política envolvendo caciques partidários, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), que reunidos em Brasília, pactuaram em unir forças visando a construção de mais uma chapa para disputar a Prefeitura de Belém. A aliança tem como objetivo principal evitar a vitória do delegado Éder Mauro (PL), que atualmente lidera as pesquisas eleitorais na capital paraense.
Segundo informações obtidas com dirigentes partidários envolvidos na construção da estratégia eleitoral entre os líderes políticos citados, a nova frente política será protagonizada por Igor Normando (MDB), como candidato a prefeito e Ursula Vidal (União Brasil), como vice. Ambos os candidatos são uma alternativa para evitar que a direita bolsonarista mantenha a maioria do eleitorado da capital paraense, como mostram as pesquisas que preocuparam o governador e o presidente, que até então estavam declarando apoio exclusivo ao prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), quem tenta se recuperar nas pesquisas de opinião, onde ainda amarga alta reprovação e rejeição.
No entanto, a pré-candidatura de Igor Normando é tida como a principal ameaça na base política do atual prefeito e já adentra os currais eleitorais, pois reúne partidos e vereadores de Belém, somando-se ao fato de igor Normando, antes conhecido como defensor da caussa animal, ter ocupado, desde janeiro do ano passado, o cargo de secretário estadual de Cidadania do Pará, onde controlou as Usinas da Paz, principal instrumento de Assistência Social do governo de seu primo, o governador Helder Barbalho (MDB), que tem diversos outros familiares lotados na estrutura dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário, conforme noticiamos no decorrer do tempo.
Uma união estratégica
A aliança entre Lula, Helder Barbalho e Celso Sabino representa um esforço significativo para consolidar uma base de apoio ampla e diversificada, capaz de atrair eleitores de diferentes espectros políticos. “Esta união é particularmente estratégica, considerando o atual cenário eleitoral onde Éder Mauro tem se destacado nas pesquisas”, informou uma fonte do portal que transita entre Brasília e Belém.
Para o presidente Lula, a formação desta chapa é uma oportunidade de fortalecer a presença do seu nome em Belém, muito além do que entre os simpatizantes do PSOL e apoiar uma coalizão capaz de promover políticas progressistas e inclusivas. “Esta aliança é essencial para garantir que Belém continue avançando no caminho do desenvolvimento social e econômico”, afirmou um membro do governo Lula em linha direita com nossa redação.
O governador Helder Barbalho destacou a importância da união para o futuro da capital para outro político aliado, dizendo que Igor Normando e Ursula Vidal são líderes comprometidos com o bem-estar da população. “Juntos, eles têm a capacidade de transformar Belém em uma cidade mais justa e próspera”, teria dito Helder em um encontro para poucos apoiadores.
Para o ministro Celso Sabino, a parceria é uma demonstração de maturidade política e de compromisso com os interesses do povo paraense. “Estamos unindo forças para apresentar uma alternativa sólida e confiável para os eleitores de Belém. Ursula Vidal e Igor Normando representam o melhor que a política pode oferecer em termos de inovação e responsabilidade”, teria declarado o ministro do Turismo à correligionários.
Desafios pela frente
A nova chapa enfrenta o desafio de conquistar eleitores em um cenário político polarizado, onde Éder Mauro tem se mostrado um adversário altamente competitivo. No entanto, a aliança entre Lula, Helder Barbalho e Celso Sabino oferece uma base sólida de apoio, tempo de rádio e tv, além de recursos para a campanha.
A disputa pela Prefeitura de Belém promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos, com debates intensos e uma batalha de ideias que definirão o futuro da capital paraense. Com a união de forças entre PT, MDB e União Brasil, a eleição ganha um novo capítulo, onde o protagonismo de Igor Normando e Ursula Vidal será essencial para enfrentar e, possivelmente, superar a liderança de Éder Mauro nas pesquisas.
A campanha oficial ainda não começou, mas os movimentos políticos já indicam uma corrida eleitoral intensa e cheia de reviravoltas. A população de Belém aguarda ansiosa para ver os desdobramentos desta aliança inédita e os impactos que ela trará para a cidade.
União Brasil e a reeleição de Lula
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, no último domingo (19), que o União Brasil provavelmente apoiará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, apesar das ambições presidenciais do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, correligionário de Sabino. Desde que assumiu a pasta, Sabino tem sido um articulador importante para ampliar o apoio do partido ao governo de Lula, destacando a boa relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Aliança e estratégias políticas
Sabino, próximo ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, vê uma articulação afinada entre o governo e o Congresso. Ele enfatizou que, embora o União Brasil não esteja alinhado com o PT em todas as capitais nas eleições municipais, a maioria das cidades permitirá coligações baseadas em conciliações de ideias e políticas.
Perspectivas para 2026
Sobre a candidatura presidencial de 2026, Sabino acredita que o União Brasil está mais inclinado a apoiar Lula do que arriscar lançar um candidato próprio. Ele considera que a colaboração atual com o governo e o sucesso nas articulações políticas são sinais de uma possível continuidade dessa aliança.
Desafios e relacionamentos internos
Embora o União Brasil enfrente desafios internos, como a disputa pela presidência do partido entre Antônio Rueda e Luciano Bivar, Sabino minimiza o impacto, ressaltando que outros partidos também têm conflitos internos. Ele destaca que a gestão de Lula tem tido importantes vitórias no Congresso e que a relação com Arthur Lira, apesar de não ser estreita, é funcional e focada nos interesses do Brasil.
Infraestrutura para Belém
Sabino também comentou sobre os preparativos para a COP 30 em Belém, afirmando que a cidade, apesar de suas carências, será adequada para o evento, com uma estrutura compatível com a realidade amazônica.
A possível aliança entre o principal partido do chamado “Centrão”, que é o União Brasil e Lula para 2026 reforça a estratégia de fortalecer a base governista e evitar divisões que possam enfraquecer a candidatura à reeleição do presidente.
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