O pastor Ríter Marques, presidente da Convenção Interestadual de Ministros e Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Pará (Comieadepa), volta ao centro das atenções após uma nova representação disciplinar ser protocolada contra ele. O documento, com 15 páginas e assinado pelo pastor Jeberson Pinto, foi registrado no último dia 5 de abril e enviado ao presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, pastor Wilson Brandão.
Ríter, que teve um vídeo íntimo vazado nas redes sociais, permaneceu no cargo mesmo após a repercussão do escândalo, sob alegações de ter sido “perdoado” por parte da Mesa Diretora da convenção. No entanto, a nova denúncia reacende a crise na organização religiosa e questiona o uso da Comieadepa como escudo para proteger atos pessoais do líder, considerados por membros como “espúrios”.
Segundo o Regimento Interno da Convenção, o artigo 28 determina que, em caso de representação contra membros da Mesa Diretora ou do Tribunal, os envolvidos devem ser afastados temporariamente durante a tramitação do processo. Com base nisso, o pedido liminar inclui o afastamento imediato de Ríter e a sua notificação para apresentar defesa.
A pressão interna cresce com manifestações públicas de repúdio por parte de líderes influentes, como os pastores Jaime Pires (Cidade Nova) e Océlio Nauar (Tucuruí), que se opõem à permanência do presidente. A representação ainda menciona a existência de um suposto “batalhão de patrulha” nos bastidores, atuando para manter Ríter no cargo e até ameaçando membros que avançam no processo com “informações comprometedoras”.
Entre os nomes citados como membros convocados da Convenção estão o pastor Raul Sampaio e o deputado federal Olival Marques.
Os próximos passos podem culminar na suspensão, cassação ou descredenciamento de Ríter Marques do quadro da Comieadepa. A semana promete ser decisiva tanto para o futuro do presidente quanto para a integridade institucional da entidade.
Leia também:
