O Sindicato dos Urbanitários do Pará e a Frente Contra Privatização do Saneamento do Pará, realizaram na manhã desta terça-feira (12) um ato público, em frente a Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), no bairro da Cidade Velha.
O ato teve como objetivo protestar contra a privatização da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Segundo o sindicato, o que o órgão precisa é de investimentos, competência na gestão e compromisso com o serviço público essencial. A empresa não pode ser privatizada. Ainda segundo o sindicado, a privatização resulta em aumento da conta de água e precarização do serviço.
De acordo com Waldir Nascimento, que faz parte da Secretaria de Organização Política e Sindical, o projeto não foi apreciado pelas comissões nesta terça-feira. Provavelmente possa entrar na pauta, das comissões na próxima segunda-feira (18). “O saneamento no Pará e no Brasil, precisa ser público, universal e com tarifas compatíveis com a renda de cada cidadão. Que seja respeitado as especificidades de cada região. Retornaremos mobilizados na próxima quarta-feira (20), em frente a Alepa, a partir das 8 horas da manhã”, disse.
Moradores de todo o estado, há anos reclamam das péssimas condições do serviço oferecido pela Cosanpa. Como água suja saindo das torneiras e a falta de água que acontece corriqueiramente. Nas redes sociais, a preocupação da população está cada vez maior com o impacto negativo do processo de privatização.
Os defensores da privatização, argumentam que com o ato, haverá a expansão da distribuição do serviço e a redução da conta de água. Mas, nas redes sociais, a população teme pela repetição do desmonte do patrimônio público da Cosanpa, como aconteceu com a Celpa em 1997.Com a privatização da Celpa, o Pará obteve uma das maiores tarifas de energia do Brasil, com reajustes sempre acima da inflação, mesmo o estado sendo um grande produtor nacional de energia elétrica.
Este é o segundo protesto realizado pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará e da Frente Contra Privatização do Saneamento, as duas entidades prometem permanecer firmes na luta contra a privatização.
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