Entenda os motivos que levaram Alexandre de Moraes a decretar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro - Estado do Pará Online

Entenda os motivos que levaram Alexandre de Moraes a decretar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

A decisão de Moraes enfatiza que Bolsonaro atuou para “minar a confiança nas instituições democráticas” e que sua conduta representa ameaça concreta ao Estado de Direito.

O ex-presente Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado, agora cumpre prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e restriçõe de movimento. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, com base em parecer da PGR que apontou risco real de fuga.

A nova decisão baseia-se no argumento de que Bolsonaro descumpre e desrespeita as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Um mandado de busca e apreensão foi expedido para apreensão do aparelho celular, proibindo o ex-presidente de usar equipamentos eletrônicos de comunicação.

O que está em vigor:

  • Apreensão de aparelho celular e proibiçao de uso de qualquer outro apareho.
  • Uso contínuo de tornozeleira eletrônica instalado em 18 de julho de 2025.
  • Recolhimento noturno entre 19h e 7h, de segunda a sexta; permanência integral em casa nos finais de semana.
  • Proibição de usar redes sociais, contatar diplomatas ou investigados (inclusive filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro) e se aproximar de embaixadas.

Provas robustas e risco de pena pesada

A PGR conclui que as evidências contra Bolsonaro são “completamente vigorosas”. Se condenado por coação, obstrução de justiça e crimes contra a soberania, ele enfrenta pena estimada em mais de 40 anos de prisão.

Essa prisão domiciliar não é um conforto: Bolsonaro mesmo chamou de “suprema humilhação”, reclamando das restrições — especialmente a tornozeleira e o recolhimento obrigatório.
Para os analistas, a medida sela sua condição de réu em fase final de julgamento no STF. O desfecho da ação penal é esperado até setembro de 2025, com potencial impacto histórico nas instituições do país.

A decisão de Moraes enfatiza que Bolsonaro atuou para “minar a confiança nas instituições democráticas” e que sua conduta representa ameaça concreta ao Estado de Direito.

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