Devido a greve dos médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Terra Firme, Jurunas e Marambaia, em Belém, pacientes que necessitam de atendimento de urgência/emergência tiveram que procurar o Pronto Socorro Municipal (PSM) da 14 de março. Em entrevista ao Portal Estado do Pará Online, familiares denunciam a falta de medicamentos e estrutura para atender os pacientes e afirmam que o local está abandonado.
A moradora do bairro da Pratinha, dona Anitta, levou o irmão que está sofrendo com infecção urinária ao PSM da 14 e reclamou do descaso no hospital. “Fomos primeiro para a UPA do Jurunas, lá não está tendo atendimento de jeito nenhum, aí viemos para o PSM da 14, aí tá assim, não tem remédio, não tem maca, as pessoas ficam no corredor, nas cadeiras. Tá um descaso medonho”, desabafou.
Ainda segundo Anitta, a situação é muito ruim para quem não possui plano de saúde. “É horrível, quem não tem plano de saúde tem que sofrer mesmo”, finalizou.
Entenda o caso
Os médicos que atendem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos bairros do Jurunas e Terra Firme e Marambaia, decidiram paralisar os atendimentos no último sábado (21), segundo o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). De acordo com o órgão, penas 30% dos serviços estarão em funcionamento, são eles os casos mais graves, qualificados como laranja e vermelho. Já os casos diagnosticados como leves serão direcionados para outras UPAs. O estado de greve deverá se manter até o pagamento do salário ou de uma nova negociação com a Sesma.
Os profissionais aguardam pagamento de salários que estariam atrasados há 90 dias. Na última segunda-feira (16), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) deu previsão de repasses para a última sexta-feira (20), porém até o presente momento a empresa InSaúde, que gerencia as UPAs não deu sequer posicionamento a respeito da promessa não cumprida.
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