O protesto indígena na capital paraense ganhou contornos simbólicos na noite desta terça-feira (28). Sob forte chuva, grupos de diversas etnias entoaram cantos e realizaram danças tradicionais em frente ao Palácio do Governo, enquanto Helder Barbalho (MDB) discutia com lideranças indígenas as reivindicações pela revogação da Lei 10.820 e pela exoneração do secretário de Educação, Rossieli Soares.
A ocupação da Secretaria de Educação (SEDUC), que completa 15 dias, intensificou uma crise política entre o governo e movimentos sociais. Professores e indígenas denunciam o que consideram um desmonte da educação pública estadual, enquanto o governo não reconhece a greve e afirma que o retorno às aulas ocorreu normalmente na última segunda-feira (27). Além disso, nesta manhã, manifestantes coordenados pelo SINTEPP invadiram e ocuparam a Secretaria da Fazenda (SEFA), quebrando uma porta de vidro para forçar a entrada.
O governo estadual defende que já atendeu parte das demandas indígenas, incluindo o pagamento de gratificações, concursos específicos e a criação de um Conselho Estadual para Educação Escolar Indígena. No entanto, as manifestações seguem crescendo, e o desfecho das negociações ainda é incerto. Na noite desta terça-feira (28), em uma reunião que já dura mais de duas horas, o governador e as lideranças indígenas seguem dialogando.
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