Três pesquisados indígenas do Pará, das etnias Palikur e Galibi Marwono, fizeram a identificação de peças nativas do Estado, que foram enviadas para a Suécia, no norte da Europa, pelo etnólogo Curt Nimuendajú, no ano de 1925.
Em viagem ao país desde o começo do mês, Natã dos Santos (Palikur), de 51 anos, Euvécio Labonte dos Santos (Palikur), de 40 anos, e Milton Galibi Nunes (Galibi Marwono) estão acompanhados de representantes dos projetos “Digital Repatriation”, financiado pela Swedish Research Council (em portugês, Conselho Científico Sueco) e da “Energia Limpa, Vida Sustentável”, fomentado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Funpapa).
O trabalho de identificação e inventário das peças depositadas está concentrado onde hoje é o Museu da Cultura Mundial, em Gotemburgo, na Suécia e começou no último dia 6, com previsão de ser concluído em três semanas. Os pesquisadores também fizeram o registro audiovisual das relíquias para um futuro documentário etnográfico e outras práticas de museu digital. Os indígenas também vão identificar e mostrar para os suecos a importância do uso desses artefatos que vieram de suas etnias.
Natã é bisneto do Pajé, de quem o etnógrafo Curt Nimuendajú comprou as peças em 1925. “Depois da morte do meu pai, que era filho do Pajé, eu passei a fazer esse trabalho para não perder a tradição da minha cultura”, disse.
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