De acordo com Andrei Fernandes, diretor-geral da Polícia Federal, o primeiro turno das eleições municipais de 2024 teve uma apreensão recorde de $ 21 milhões em dinheiro vivo. Somente no Pará, o valor apreendido chega a $ 4.8 milhões – cerca de 23% do total.
Em relação ao último pleito municipal, este montante é cinco vezes maior que o R$ 1 milhão confiscado pela Polícia Federal.
“Isso demonstra uma atuação muito firme da polícia judiciária eleitoral. Há um problema de recursos significativo nas campanhas eleitorais. O nosso trabalho coordenado tem trazido bons resultados”, disse o diretor-geral da PF.
Apesar da apreensão recorde, Fernandes afirmou que as eleições estão sendo realizadas dentro da normalidade.
“O pleito está transcorrendo num processo de normalidade, com uma ou outra rara exceção. Isso nos aponta que estamos no caminho certo, com as operações que fizemos com cumprimentos de mandados de busca e apreensão”, acrescentou.
Trio é preso em Castanhal com quase $ 5 milhões
No sábado (5), véspera da eleição, a PF prendeu três homens, entre os quais dois servidores públicos, com R$ 4.8 milhões em espécie, que, segundo as investigações, seriam usados para a compra de votos.
O trio foi detido logo após sair de uma agência bancária, em Castanhal, a cerca de 75 km da capital paraense.
Entre os presos, está o coronel da Polícia Militar do Pará, Francisco de Assis Galhardo do Vale. O oficial é homem de confiança de Antônio Doido, candidato do MDB à prefeitura de Ananindeua. Segundo a PF, o coronel foi preso com cerca de R$ 300 mil, e um soldado da Polícia Militar do Pará que o acompanhava estava com o restante do dinheiro.
Segundo a Secretaria de Planejamento e Administração do Pará, responsável pela remuneração dos servidores estaduais, Francisco de Assis recebe cerca de R$ 12.300 líquidos. Para juntar o valor apreendido na operação, ele teria que trabalhar cerca de 32 anos sem gastar um centavo sequer.
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