A Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil Municipal, Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), realizou na manhã desta quinta-feira (14) vistoria técnica na área do desabamento de uma obra de contenção de barranco, localizada na praia do Paraíso, no distrito de Mosqueiro.
A Defesa Civil informou que o dono do empreendimento não apresentou documentação relativa à licença ambiental, do projeto de engenharia e da licença da obra propriamente dita. O local foi vistoriado pela engenheira civil da Defesa Civil de Belém, Raiclene Sousa, a geóloga da Semma, Alessandra Barros e o técnico de saneamento, Rafael Vilasboas, que estiveram acompanhados pelo diretor geral da Admos, Railson Souza. “Vamos emitir um laudo da perícia técnica e encaminhar ao gabinete do prefeito para as medidas cabíveis”, disse ela, após o trabalho.
O acidente ocorrido na tarde da última quarta-feira (13) causou a morte de um operário da obra identificado como Enildo Borges dos Santos, 50. Chovia muito na ocasião e a maré estava alta. Homens de resgate do Corpo de Bombeiros foram acionados e prestaram os primeiros socorros à vítima, que morreu horas depois no Hospital Geral de Mosqueiro. A Agência Distrital, por meio do Departamento de Necrópoles, está de prontidão aguardando os trâmites legais para a realização do sepultamento.
Riscos – De acordo com a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, todos os proprietários de empreendimentos localizados nas zonas de risco de deslizamento de barranco de Mosqueiro foram alertados há três anos sobre os riscos decorrentes das intempéries naturais. “Todas essas áreas, aliás, estão mapeadas e interditadas pela Defesa Civil, por isso, é lamentável a situação ocorrida, pois a Prefeitura de Belém mantém o alerta, fechando e isolando vias e, infelizmente, os avisos não são atendidos e uma vida foi perdida nesse acidente”, lamentou a agente.
De acordo com o tenente-coronel BM, Anderson Campos, comandante do 20º Grupamento de Bombeiro Militar de Mosqueiro, a área do acidente sofre com forte processo erosivo acentuado, deixando o solo fragilizado e sujeito ao deslizamento da massa. “Nós levamos de 15 a 18 minutos para chegar ao local, mas infelizmente, detectamos o deslizamento de massa e uma pessoa soterrada. Iniciamos o resgate, porém os sinais vitais estavam muito baixos e a pessoas morreu”, relatou o comandante.
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