A deputada estadual Lívia Duarte (PSOL) solicitou providências urgentes ao Governo do Pará e à Defesa Civil para o atendimento às vítimas das enchentes que atingem a região do Marajó. Segundo estimativas, cerca de 7 mil famílias estão desabrigadas nos municípios de Afuá, Anajás, Chaves, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Muaná e Ponta de Pedras, devido ao transbordamento dos rios. A parlamentar reforçou a necessidade da decretação do estado de calamidade pública para viabilizar o acesso a recursos emergenciais.
Em ofícios encaminhados ao governador Helder Barbalho (MDB) e à Defesa Civil, Lívia Duarte destacou os impactos da enchente, como a destruição de moradias, hortas e criações de pequenos animais, além da falta de alimentos e água potável. A deputada ressaltou que, após um período de seca severa em 2024, o arquipélago enfrenta um volume de chuvas acima da média, agravando a vulnerabilidade das comunidades ribeirinhas.
A equipe da deputada também ouviu entidades locais, como o Comitê de Segurança e Desenvolvimento do Marajó e o Colegiado de Desenvolvimento Sustentável do Marajó (CODETEM), que alertaram para o risco de um desastre de grandes proporções, similar ao ocorrido em 1957, quando a região sofreu perdas humanas e econômicas significativas. Os grupos solicitaram um levantamento detalhado das áreas afetadas e ações emergenciais de assistência.

O Ministério Público do Pará (MPPA) tmbém foi notificado sobre a situação. Também está em elaboração uma moção na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), para que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realize um levantamento dos danos e apresente medidas preventivas para minimizar impactos das cheias nos municípios atingidos.
A Defesa Civil foi acionada para intensificar os serviços de socorro e a restauração da infraestrutura nas cidades afetadas. Entre as medidas solicitadas, estão a criação de abrigos temporários, fornecimento de cestas básicas, recuperação de estradas e intensificação dos atendimentos de saúde. Até o momento, nenhuma prefeitura da região decretou estado de calamidade pública, o que impede a liberação de recursos federais para auxílio imediato.
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